quarta-feira, março 15, 2017

Temer diz que reforma evita “colapso” da Previdência

Enquanto cidades por todo o país têm protestos nesta quarta-feira contra a reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer, o presidente deu declarações em defesa das mudanças nas regras do INSS. Temer afirmou que a reforma “não vai tirar direito de ninguém” e se destina a salvar o sistema previdenciário do “colapso”.
“Nós apresentamos um caminho para salvar a Previdência do colapso, para salvar os benefícios dos aposentados de hoje e dos jovens que se aposentarão amanhã.  Quem tem direito adquirido, ainda que esteja no trabalho, não vai perder nada do que tem. Mas é prevenir o Brasil do futuro”, afirmou o presidente, em um evento de que participaram os presidentes do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, e do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, além do ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy.
O peemedebista também citou o caos fiscal no Rio de Janeiro, que parcela salários de servidores e aposentados desde o ano passado, e estados como Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que decretaram estado de calamidade em função do desarranjo nas contas públicas. “Nós não queremos que o Brasil, daqui a seis, sete, oito anos, seja obrigado a fazer o que está sendo feito nesses estados, uma restrição absoluta”, afirmou o presidente.
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) enviada pelo Planalto ao Congresso para reforma da Previdência prevê, entre outros pontos, idade mínima de 65 anos para aposentadoria e tempo de contribuição mínimo de 25 anos ao INSS. De acordo com o presidente, “uma ou outra adaptação” pode ser feita pelos parlamentares.
“Mas não podemos fazer uma coisa modestíssima agora para que daqui a quatro ou cinco anos tenhamos que fazer como Portugal, Espanha, Grécia e outros países, que tiveram que fazer um corte muito maior porque não preveniram o futuro”, enumerou.
Temer também disse que seu governo “imunizou” o Brasil contra o “populismo fiscal” por meio da sanção da PEC que impõe um teto aos gastos públicos e pontuou o que entende como medidas populistas e populares.
“As medidas populistas são aquelas feitas de uma maneira irresponsável. Elas têm efeito imediato, aparentemente cheio de aplausos, para logo depois revelar-se um desastre absoluto. As medidas populares não, elas não têm aplauso imediato, mas têm o reconhecimento posterior, o que nós estamos praticando são medidas populares e não medidas populistas”, comparou.

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