segunda-feira, julho 03, 2017

Em operação, PF apreende US$ 4,5 mi e 1,5 tonelada de cocaína

Polícia Federal (PF) divulgou, nesta segunda-feira, o balanço da Operação Spectrum, deflagrada no sábado com a prisão de Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”, um dos traficantes mais procurados da América do Sul. Segundo a PF, foram apreendidos mais de 4,5 milhões de dólares, uma tonelada e meia de cocaína, além de bens como joias, carros, relógios e computadores.
Rocha foi preso após ter sido identificado pelo departamento de combate ao tráfico da polícia. Ele havia feito várias cirurgias plásticas para alterar a face e estava usando uma outra identidade, sob o nome de Vitor Luiz de Moraes. O grupo liderado pelo traficante tinha um comportamento empresarial e de alta periculosidade, de acordo com as investigações. Em cerca de trinta anos de atividade, a facção utilizou ações de contra vigilância e uso de armas pesadas.
Cabeça Branca comandava a operação desde a plantação em regiões afastadas da Bolívia, Colômbia e Peru até o tráfico intercontinental de drogas para a Europa e os Estados Unidos, passando pela operação de entrepostos no Paraguai e em regiões próximas a portos brasileiros. Segundo as estimativas, a quadrilha era responsável por cerca de cinco toneladas de cocaína que passavam no Brasil todos os meses, para consumo interno e para exportação.
As investigações indicam que o patrimônio do traficante possa atingir cerca de 100 milhões de dólares, entre recursos em espécie, veículos e imóveis, boa parte em nome de laranjas, no país e no exterior. Contas bancárias que ele manteria em paraísos fiscais devem ser alvo de próximas etapas da operação.
No sábado, 150 policiais foram às ruas cumprir 24 mandados judiciais, sendo dois de prisão preventiva, nove de busca e apreensão em imóveis, dez de busca e apreensão de veículos e três de conduções coercitivas. Os locais foram nos estados de Paraná, São Paulo e Mato Grosso. Os valores em dólar foram encontrados em dois endereços em São Paulo, já as drogas estavam em três locais, não informados pela PF.

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