sexta-feira, fevereiro 18, 2011

PMDB dá seu recado


O Globo
A votação do salário mínimo na Câmara acabou sendo melhor do que o próprio governo poderia esperar. A adesão integral do PMDB, com 100% de votos a favor do governo, é fato inédito, uma demonstração de lealdade e de controle da base partidária pela direção do partido.
O vice-presidente Michel Temer reuniu os 77 deputados federais da bancada no dia anterior e conseguiu tirar um compromisso de votação que se materializou.
Esse também foi um aviso do PMDB, de que, da mesma maneira que ele tem uma bancada que vota unida em favor de determinado assunto de interesse do governo que integra, essa unidade pode se voltar contra o governo caso os interesses do partido não sejam atendidos, como não estão sendo até agora.
Além desse comprometimento peemedebista, outro fato que deve ter surpreendido agradavelmente o governo foi que apenas 15 deputados da base aliada votaram contra o mínimo de R$ 545, com o detalhe de que nove desses votos vieram do PDT, uma dissidência irrisória numa base que pode variar de 380 a 400 deputados.
Alguns deputados que votaram contra a proposta do governo na base aliada têm atuação individualista, pois não necessitam nem do partido nem do governo para se eleger, como é o caso de Paulo Maluf, do PP de São Paulo, que tem lá seu eleitorado cativo.
Assim também o novato Tiririca, do PR, que votou pelo mínimo de R$ 600 defendido pelo PSDB. A primeira reação do deputado foi dizer que votara com o governo, mas, quando a lista oficial da votação saiu, ele assumiu que votara a favor da maior proposta, alegando que estava ali "por causa do povo".

0 comentários:

Postar um comentário