BRASÍLIA - Depois de várias ameaças, o ex-governador José Roberto Arruda, expulso do DEM no auge do escândalo do mensalão no governo do Distrito Federal, envolveu vários políticos no esquema de captação de recursos junto a empresários - supostamente ilegal - para financiar suas campanhas. Ele disse, em entrevista à "Veja Online" nesta quinta-feira, que ajudou não só políticos do DEM - como o novo presidente da legenda, senador José Agripino Maia (RN) -, mas também integrantes do PSDB e de outros partidos, como o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno
Com o discurso de que não fez nada além do que é feito por toda classe política na captação de recursos para campanhas eleitorais, Arruda sugere na entrevista que o dinheiro era ilegal, mas que é assim que se faz campanha no Brasil:
- As empresas e os lobistas ajudam nas campanhas para terem retorno, por meio de facilidades na obtenção de contratos com o governo ou outros negócios vantajosos. Ninguém se elege pela força de suas ideias, mas pelo tamanho do bolso.
O ex-governador, que renunciou ao cargo para não ter o mandato cassado e depois passou dois meses preso na Polícia Federal em Brasília, disse na entrevista que fez todos os repasses para o DEM, com o aval do então presidente Rodrigo Maia (RJ).
Ele citou pelo menos uma dezena de políticos que teriam lhe pedido recursos para campanha, além de José Agripino e Cristovam Buarque: os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Marco Maciel (DEM-PE) e Sergio Guerra (PSDB-PE) e os deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO) e ACM Neto (DEM-BA), e o ex-ministro tucano José Eduardo Caldas Pereira. Todos negaram que a origem dos recursos era ilegal e ameaçam processar Arruda.
Segundo Arruda, quem ele não ajudou desta forma, foi ajudado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que está saindo do DEM.
- Eu era o único governador do DEM. Recebia pedidos de todos os estados. E atendi dos pequenos favores aos financiamentos de campanha. Ajudei todos.
Perguntado de que modo conseguia o dinheiro para ajudar os colegas de partido, disse:
- Como governador, tinha um excelente relacionamento com os grandes empresários. Usei essa influência para ajudar meu partido, nunca em proveito próprio. Pedia ajuda a esses empresários: "Dizia: 'Olha, você sabe que eu nunca pedi propina, mas preciso de tal favor para o partido". Eles sempre ajudaram. Fiz o que todas as lideranças políticas fazem. Era minha obrigação como único governador eleito do DEM - disse Arruda, completando que somente o presidente do DEM pode responder se esse dinheiro foi declarado.
Se queixou especialmente de Agripino e Demóstenes:
- Os senadores Demóstenes Torres e José Agripino Maia, por exemplo, não hesitaram em me esculhambar. (...) Em 2008, o senador Agripino veio à minha casa pedir 150 mil reais para a campanha da sua candidata à prefeitura de Natal, Micarla de Sousa (PV). Eu ajudei. O senador Demóstenes me procurou certa vez, pedindo que eu contratasse no governo uma empresa de cobrança de contas atrasadas. O deputado Ronaldo Caiado, outro que foi implacável comigo, levou-me um empresário do setor de transportes, que queria conseguir linhas em Brasília.
Disse que ajudou também o próprio Rodrigo Maia:
- Consegui recursos para a candidata à prefeita dele e do Cesar Maia no Rio, em 2008. Também obtive doações para a candidatura de ACM Neto à prefeitura de Salvador.
Ao citar o ex-senador Marco Maciel, ressaltou que ninguém pode duvidar da honestidade dele, mas que também repassou recursos para sua campanha. E sobre Cristovam Buarque, afirmou:
- Eu conheço há décadas, um dos homens mais honestos do Brasil, saiu de sua campanha presidencial, em 2006, com dívidas enormes. Ele pediu e eu ajudei.
OUTRO LADOAgripino Maia negou que tenha pedido ajuda de Arruda:
- Arruda tem razões para mágoa. Eu, Demóstenes e Caiado pedimos sua expulsão sumária do DEM. Essa informação dele é totalmente infundada, repilo à altura. Mas ele cita Micarla e diz que ela, inclusive foi à casa dele agradecer. Que ela seja ouvida. É uma coisa checável. Micarla não tem mais ligações políticas comigo, não faz parte da minha aliança. Ouça-se a prefeita.
O secretário-geral do PSDB, Eduardo Jorge, confirmou que pediu ajuda dele no início de seu governo no DF para saldar dívidas do partido. Afirmou que a ajuda teria sido feita por "um empresário amigo" a partir da interferência de Arruda e que a doação foi oficialmente declarada à Justiça eleitoral, mas não soube informar qual o valor nem identificou o doador:
- Mesmo se soubesse não diria. Nesse momento atual não cabe dizer o nome para não envolver no caso. Mas foi tudo legal e registrado - afirmou o dirigente tucano, acrescentando que Arruda ajudou os tucanos sem pedir nada em troca.
O atual líder do DEM, ACM Neto negou a versão de Arruda:
- É um absurdo. Nunca estive com Arruda para tratar da campanha de Salvador. Não recebi, nem diretamente, nem indiretamente, por meio do partido, qualquer recurso. Só posso atribuir isso a uma tentativa de prejudicar o partido no momento em que ele está se reestruturando - disse o baiano.
Rodrigo Maia admitiu à "Veja" que Arruda era influente e ajudou o partido, mas negou que os recursos eram ilegais e que o ex-governador tenha ajudado na campanha do Rio:
- Está tudo registrado na contabilidade do partido.
PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO, PODERÃO FAZER UMA NOVA GREVE EM CRATEÚS.
ResponderExcluirNeste sádado, dia São José, no Teatro Rosa Moraes, a partir das 8:00 horas, irá ocorrer a Assembléia Geral dos Professores da Rede Municipal de Ensino, para DECIDIR, se aceitam a PROPOSTA SALARIAL dos professores, feita pela gestão do prefeito Carlos Felipe ou se decretam uma nova greve em Crateús.
Representantes do Sindicato dos professores em reunião com o Dr IRINEU, rpresentante do prefeito Carlos Felipe, provaram que é possível a gestão dar um AUMENTO de 20% aos professores, chegando a 55% dos 60% da FOLHA do FUNDEB, vale salientar, que o limite mínimo é de 60%, a ser gasto com a folha de pagamento dos professores, sendo que os 5% restante, seria gasto com a contração dos professores temporários.
O MEC está prevendo para o FUNDEB de Crateús em 2011, cerca de R$ 23.700.000,00, os professores querem e provam que é possível o prefeito dar um aumento de 20%, a gestão no início das negociações, ofereceu um aumento de 10%, passou para 11% e agora para tentar evitar uma possível greve está propondo: um aumento de 12%, pagar as ferias dos professores no mês de julho e dar um aumento na ajuda de custo para os professores que se deslocam para dar aula na zona rural, está liberando mais dois professores para trabalharem no Sindicato dos Professores.
O prefeito Carlos Felipe está tendo mais uma oportunidade, para PRIORIZAR a EDUCAÇÃO PÚBLICA, os indicadores da Educação na gestão Vida Nova no SPAECE e no IDEB, provaram a situação crítica da falta de Qualidade no Ensino Público, a família crateuense aguarda um entendimento entre a prefeitura e o Sindicato dos Professores, por que na GREVE todos perdem.