terça-feira, março 29, 2011

Kadafi exige que aliados cessem "agressão selvagem" contra Líbia


O líder líbio, Muammar Kadafi, exigiu nesta terça-feira que a coalizão internacional cesse sua "agressão selvagem" contra a Líbia e insistiu mais uma vez que seu país não enfrenta nenhum problema e que há apenas "uma luta contra a Al Qaeda". Em carta divulgada pela agência oficial líbia Jana e destinada ao grupo de contato sobre a Líbia que se reúne nesta terça-feira em Londres, Kadafi assegurou que os aliados estão "exterminando" o povo líbio.
O coronel comparou as ações da coalizão internacional com "a invasão da Europa por Hitler e o bombardeio do Reino Unido" e avaliou que se encontram "à margem da carta das Nações Unidas". "Não há nenhum motivo interno que tenha gerado nenhuma crise na Líbia. O poder está nas mãos dos líbios, o petróleo é propriedade do povo e as armas também. Não há poder", indicou.
Kadafi disse que seu regime aceita toda decisão da União Africana (UA) e do comitê desta organização voltado a tratar da crise líbia. Além disso, destacou que seu país abandonou o programa nuclear, se uniu à aliança internacional contra o terrorismo, freou a emigração ilegal em direção a Europa e desempenhou um "papel importante" na manutenção da paz na África.
Líbia: de protestos contra Kadafi a guerra civil e intervenção internacional
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Mais de um mês depois, no entanto, os protestos evoluíram para uma guerra civil que cindiu a Líbia em batalhas pelo controle de cidades estratégicas.
A violência dos confrontos entre as forças de Kadafi e a resistência rebelde, durante os quais milhares morreram e multidões fugiram do país, gerou a reação da comunidade internacional. Após medidas mais simbólicas que efetivas, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a instauração de uma zona de exclusão aérea no país. Menos de 48 horas depois, no dia 21 de março, começou a ofensiva da coalizão, com ataques deFrançaReino Unido e Estados Unidos
Fonte: Terra

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