terça-feira, março 15, 2011

Ministro rebate Exército e diz que Comissão da Verdade é um 'dever'

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (Sérgio Lima/Folhapress)

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira (15) que a criação da Comissão da Verdade é um "dever do Estado brasileiro" e rebateu as críticas do comando do Exército, que já se mostrou contrário ao projeto de lei para criar o grupo.
"A Comissão da Verdade, que se discute hoje no Congresso Nacional, é um dever do Estado brasileiro também [como a comissão de anistia]. O direito ao esclarecimento de fatos é um compromisso histórico, democrático, que tem que estar respaldado na lei. (...) Quem quiser resistir à busca da verdade, o fará nos termos da expressão democrática que hoje nós vivemos. O que eu posso dizer é que a sociedade brasileira hoje quer a verdade", disse Cardozo.
O Exército encaminhou documento ao Ministério da Defesa afirmando que a comissão "poderá provocar tensões e sérias desavenças ao trazer fatos superados à nova discussão". O texto teria sido escrito em setembro do ano passado.
O ministro da Justiça participou na manhã de hoje da homenagem a seis mulheres que foram perseguidas durante a ditadura militar (1964-1985). Entre elas, Maria Thereza Goulart, viúva do ex-presidente João Goulart (1961-1964), deposto pelos militares. Todas elas já foram anistiadas pelo governo brasileiro.
EX-COMPANHEIRAS
Entre as homenageadas estavam ex-companheiras de prisão da presidente Dilma Rousseff. Uma das dirigentes da VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares), Dilma ficou presa de fevereiro de 1970 até o final de 1972.
"Eu compartilhei [com a presidente Dilma] uma cela no presídio Tiradentes, e o mesmo beliche, ela embaixo e eu em cima", lembrou Sônia Hipólito, militante da UNE (União Nacional dos Estudantes) durante a ditadura.
"Quando ela chegou no presídio, a gente já viu que ela era discreta e competente. Eu confio inteiramente que ela vai ser uma grande presidente para nós", disse Rose Nogueira, ex-militante da ALN (Ação Libertadora Nacional) e também ex-companheira de prisão de Dilma.
Sérgio Lima/Folhapress
Denise Crispim e Sônia Hipólito, que ficou presa com Dilma na mesma cela, falam em cerimônia no Ministério da Justiça
Denise Crispim e Sônia Hipólito, que ficou presa com Dilma na mesma cela, falam em cerimônia no Ministério da Justiça

2 comentários:

  1. ESTAMOS NO ÁPICE DA DEMOCRACIA BRASILEIRA,O EXERCITO BRASILEIRO NÃO DEVE TER MEDO DE ENFRENTAR " A COMISSÃO DA VERDADE". OS DOCUMENTOS E OS ARQUIVOS MILITARES DA ÉPOCA DA DITADURA IMPOSTA PELOS OS COMANDANTES DAS FORÇAS ARMADAS,JUNTAMENTE COM OS PRESIDENTES DITADORES DEVEM SEREM ABERTOS E A SOCIEDADE BRASILEIRA; FICAR SABENDO AS ATROCIDADES COMETIDAS NO PASSADO, E OS RESPONSÁVEIS SEREM PUNIDOS. A NOSSA PRESIDENTA FOI VITIMA DESTE REGIME QUE NUM PASSADO RECENTE COMETEU REPRESSÃO AQUELES QUE ESTAVAM ENGAJADOS NA LUTA PELA DEMOCRACIA. O BRASIL É UM PAIS QUE REINA A PAZ, NÃO TEMOS BRIGAS POR TERRITÓRIO,OU MAL VIZINHANÇA. ACHAMOS QUE AS FORÇAS ARMADAS DEVERIA TER UM PAPEL MAIS IMPORTANTE NO SEIO DA SOCIEDADE.A NOSSA CIDADE CRATEÚS,PRODUZIU EM MÉDIA 180 SARGENTOS,TODOS ELES ESTÃO ESPALHADOS PELO BRASIL AFORA, MUITOS DELES FICAM CONFINADOS NOS QUARTÉIS ACHAMOS QUE ELES DEVERIAM TER MAIS VALIA NA ENGENHARIA, SEGURANÇA PÚBLICA, NO COMBATE AO TRÁFICO E PRESTAR SERVIÇOS TODOS OS DIAS A SOCIEDADE.

    MUITO OBRIGADO,ATÉ A PRÓXIMA!

    A HARPIA.

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  2. PARA PREFEITO O nome é Junior Bonfim para vice é Moacir soares os dois melhores Secretarios de todos os tempos em Crateus. O Primeiro da Educação e o segundo da saude. Voto em Junior Bonfim e nao abro e quem me disse dessa chapa foi o proprio irmao do Junior Bonfim

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