Alan Marques/Folhapress
Rifado pelo PMDB na composição do ministério de Dilma Rousseff, o ex-ministro da Saúde José Gomes Temporão decidiu trocar o antigo partido pelo PSB.
Discretamente, Temporão, que sempre cultivou a imagem de um "técnico" à frente do mais poderoso ministério da Esplanada, resolveu se filiar ao partido de Eduardo Campos porque estava sem espaço no inchado PMDB do Rio.
O governador Sérgio Cabral, que apadrinhara sua indicação para o posto no governo Lula, abandonou o ex-ministro à própria sorte e fez campanha aberta por Sérgio Côrtes. Tão aberta, aliás, que acabou por queimar o indicado.
Dificilmente o PSB, fechado com a reeleição de Eduardo Paes (PMDB) na capital fluminense, levará a cabo uma candidatura própria do neófito Temporão à prefeitura, mas o partido não descarta lançar esse balão de ensaio.
Ao blog, Temporão justificou a troca de partido por "uma questão ideológica", e nego que tenha planos eleitorais imediatos. "Isso é uma coisa para se discutir mais na frente. A mudança para o PSB se deve mais ao fato de identificação ideológica, porque tenho uma história ligada à esquerda", disse o ex-ministro na tarde desta quinta-feira.
Mas sua filiação atende ao projeto de Campos de encorpar a legenda no Sudeste, onde tem o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, mas é inexpressivo nos dois maiores Estados.
A cereja do bolo desse plano é a coligação, para posterior fusão, com o PDB, sigla que deverá ser fundada pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
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