segunda-feira, março 21, 2011

Três famílias de empresários deixam o Ceará com medo de sequestro

A ameaça obrigou pelo menos duas famílias a tomarem um avião e deixar Fortaleza. Uma delas saiu às presas, pois já havia acontecido casos de reféns entre eles. Há seis anos, foram vítimas de sequestro em ações comandadas por Alex Gardenal (Alex Sousa Ribeiro) e Fabinho da Pavuna (Francisco Fabiano da Silva Aquino). Criminosos acostumados a fugirem dos presídios cerenses ou de escoltas policiais. Na última sexta-feira, os dois foram recapturados em Itapecuru Mirim, no Maranhão.
Em um outro clã tradicional de Fortaleza, a informação da Polícia provocou uma reunião entre parentes e ficou decidido que familiares considerados mais vulneráveis se mudariam para outro Estado por medida de segurança e por tempo indeterminado. Em vez de se divertirem no período de folia, preferiram não arriscar e a saída para outra cidade foi feita na discrição possível.
Alertas em 2008
Em 2008, durante a gestão do ex-secretário da Segurança Pública do Ceará, Roberto Monteiro, a Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (Coin) interceptou conversas telefônicas entre alguns presos que estavam no Instituto Penal Paulo Sarasate (IPPS) e criminosos foragidos. Foi descoberto que o filho de um empresário de Fortaleza seria alvo de um sequestro.
Por não confiar na atuação da delegacia Antissequestro da época, Monteiro optou por avisar a família da vítima, sem tomar medidas preventivas. Semanas depois da comunicação, o adolescente foi levado pelos bandidos de dentro da escola onde estudava. O empresário procurou o governador Cid Gomes e gerou uma crise na pasta.
Em janeiro deste ano, Roberto Monteiro, admitiu, em entrevista às Páginas Azuis do O POVO, que passou por momentos de aflição até o resgate da vítima com vida.
Por questão de segurança, O POVO não revela o nome das famílias que foram avisadas por policiais sobre os planos de sequestro, há três semanas. O jornal também procurou conversar com alguns que já foram vítimas de sequestro, mas ninguém quer falar sobre o assunto.”
(O POVO)

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