quarta-feira, agosto 08, 2012

Proibição de carro de som e pintura é defendida na CMF

A poluição que a campanha eleitoral tem provocado nas ruas da Capital e outros temas referentes ao pleito deste ano ganharam espaço nos pronunciamentos feitos, ontem, na tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza. Enquanto alguns vereadores defendiam a realização de campanhas limpas, inclusive com a proibição de formas tradicionais de divulgação das candidaturas, outros lamentavam os prejuízos causados pela demora para a aprovação da Reforma Política.


O vereador Eron Moreira disse acreditar que o Tribunal Superior Eleitoral vai considerar a proibição de alguns instrumentos de propaganda FOTO: FRANCISCO VIANA
Defendendo uma campanha limpa para a disputa eleitoral deste ano, o vereador Eron Moreira (PV) fez questão de destacar o esforço feito pela Casa ao realizar audiências públicas no sentido de reduzir, além do lixo nas ruas, a poluição visual e sonora causada pelos candidatos. Na ocasião, ele ainda agradeceu a colaboração do procurador regional eleitoral, Márcio Torres, na iniciativa.

"Fiz um enfrentamento para que os candidatos em Fortaleza tivessem o bom senso de fazer uma campanha limpa nas ruas, sem poluição visual e sonora. Fizemos esse debate, convidamos o senhor Márcio Torres, que mostrou todo o seu compromisso político, social e de cidadania", declarou Eron.

Diminuído

Na avaliação do vereador do PV, o problema da poluição causada pelas campanhas eleitorais tem diminuído em Fortaleza, visto que, segundo ele, são poucos os muros pintados e os carros de som que estão circulando na cidade. Apesar disso, o parlamentar acredita que é preciso mudar a forma de fazer campanha até mesmo para garantir maior igualdade entre os postulantes.

O presidente da Câmara, Acrísio Sena (PT), concorda que sejam feitas mudanças nos meios de divulgação das candidaturas. "A Câmara de Campinas proibiu, durante as eleições, pintura de muros e carros de som. Quem quiser vai questionar na Justiça. Lá, a população apoiou", exemplificou, acrescentando que, apesar da proibição, a campanha segue normalmente.

Em relação à possibilidade de alteração dos mecanismos de propaganda utilizados na campanha eleitoral, o vereador Eron Moreira disse confiar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai considerar a proibição de carros de som e pinturas nos muros para as próximas eleições. Já Acrísio Sena disse considerar ser uma "questão de tempo" a proibição desses instrumentos para divulgar as candidaturas. "Está demonstrado que a campanha tem mais vigor nas redes sociais do que na rua", opinou Acrísio.

Reforma
Mas a discussão sobre o pleito não ficou restrita à propaganda eleitoral. O vereador Adelmo Martins (PR) fez questão de ir à tribuna para destacar os prejuízos que a demora para a aprovação da Reforma Política vem causando, segundo ele, principalmente no que se refere às coligações formadas para as eleições municipais. Ele reclama da formação e mesmo da quebra de alianças visando apenas o resultado eleitoral favorável a determinadas agremiações. Conforme explicou o vereador, partidos pequenos fecharam algumas coligações para a disputa eleitoral deste ano, mas as alianças foram desfeitas em razão da decisão dos diretores das siglas.

Diante dessas situações, o vereador Adelmo Martins acredita que a eleição majoritária também para o Poder Legislativo, extinguindo os cálculos relacionados ao coeficiente eleitoral, seria um bom caminho, pois com a diplomação dos 43 candidatos a vereador que obtivessem mais votos, estaria sendo feita a vontade de povo. "A política tem que evoluir e melhorar as eleições, muitos deixaram de ser candidatos", observou o parlamentar.

1 comentários:

  1. Lembrando ao nobre Presidente da Câmara de Fortaleza, em Crateús os partidos politicos numa demonstração de equilibrio e sensatez, entraram em acordo em não pinta muros e não usar carro de som. Esta atitude só engrandece o nivel de uma campnha politica e não mancha a arquitetura de uma cidade, Crateús da exemplo.

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