Aécio e Campos buscam apoio no ramo empresarial

De olho nas Eleições de 2014, os dois parlamentares - potenciais rivais de Dilma - não perdem tempo e entram com tudo na busca pelo apoio dos donos do PIB.

Por: Marcela de Freitas

O governador do Estado de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), não perdem tempo e já estão intensificando as conversas políticas com os responsáveis em movimentar o Produto Interno Bruto (PIB), com o olhar e pretensão fixados nas Eleições de 2014.

Desde que Dilma Rousseff foi lançada à reeleição pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seus adversários mais prováveis em 2014 buscam os principais apoios: o do eleitor e dos empresários.

Campos não tem passado uma semana sem falar com um grande executivo. Não nega pedidos de audiências em cima da hora e propagandeia seu Estado como laboratório de atração de negócios. Vez ou outra, ele brinca: "Querem me transformar num capitalista". Em seguida, reacomoda-se no pragmatismo: "O capital está procurando um lugar para investir, e temos de atraí-lo".

Já Neves tem se concentrado em buscar unidade interna de seu partido. Mas, para não ficar atrás na corrida pelo PIB, usa o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como avalista junto ao setor produtivo, bancário e da construção civil. O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) atua da mesma forma.

Porém, o PT que comanda a caneta presidencial, tende a ficar com a maior fatia dos futuros financiamentos, apesar das queixas contra o que chamam de intervencionismo na economia. Atentos as queixas, Aécio e Campos se esforçam em ouvir, e replicar, a lógica dos interlocutores.