domingo, maio 19, 2013

Brasil


POLÍTICA

Governo federal desmente boato sobre suspensão do Bolsa Família

Informação sobre fim do benefício gerou tumulto em estados do Nordeste.Programa beneficia 13,8 milhões de famílias no país com repasse de dinheiro.
G1
Por meio de nota oficial divulgada na noite deste sábado (18), o governo federal desmentiu boatos sobre a suspensão de pagamentos do Bolsa Família, programa social de transferência de renda que beneficia 13,8 milhões de famílias em todo o país.
Informações sobre o fim do pagamento do benefício geraram tumultos em estados do Nordeste, como Alagoas, Paraíba e Maranhão. Nesses locais, beneficiários correram às lotéricas após o boato de que o rebecimento de valores só seria feito até este sábado.

Aflitos, clientes do programa lotaram lojas lotérias em João Pessoa. FotoG1

"O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, MDS, informa que não há qualquer veracidade nos boatos relativos à suspensão ou interrupção dos pagamentos do Programa Bolsa Família. O MDS reafirma a continuidade do Bolsa Família, assegura que o calendário de pagamentos divulgado anteriormente está mantido e que não há qualquer possibilidade de alteração nas regras do programa", diz a nota.
Em João Pessoa, beneficiários se dirigiram a agências bancárias após o boato, e a Polícia Militar teve de ser acionada. "O Centro Integrado de Operações Policiais recebeu a informação de que todas as agências bancárias estavam sendo literalmente invadidas por beneficiários do Bolsa Família.
Então, foram mobilizados policiais do 1º, 5º e 7º batalhões", disse o tenente-coronel Almeida Martins, comandante do 1º Batalhão de Polícia Militar.
Em Maceió e Arapiraca, no estado de Alagoas, houve tumulto e confusão em diversas lotéricas. "Fui apenas avisada que precisava fazer o saque hoje porque a presidente Dilma Rousseff suspendeu o benefício e que todo mundo só teria até hoje para fazer o último saque", disse a dona de casa Luciene Alves, 39, que saiu de casa às pressas com um bebê de colo após receber a informação de vizinhos de que teria até a meia noite deste sábado para sacar o benefício do governo federal.
No Maranhão, pelo menos nove máquinas de autoatendimento em agências da Caixa Econômica Federal (CEF) foram depredadas por conta de boatos de que o programa Bolsa Família seria finalizado.

POLÍTICA

A conta do inchaço de ministérios no governo Dilma

Custo para manter o número recorde de 39 ministérios é de R$ 58 bilhões
Luiza Damé e Catarina Alencastro, O Globo
Manter a estrutura e os funcionários das atuais 39 pastas do governo Dilma Rousseff, instaladas na Esplanada dos Ministérios e em outros prédios espalhados pela capital, custa pelo menos R$ 58,4 bilhões por ano aos cofres públicos.
Esta verba, que está prevista no Orçamento Geral da União de 2013 para o custeio da máquina em Brasília, é mais que o dobro da que foi destinada ao maior programa social do governo, o Bolsa Família, que custará R$ 24,9 bilhões este ano.

FotoO Globo

No total, o orçamento para custeio de toda a engrenagem federal chega a R$ 377,6 bilhões, quando são incluídos, por exemplo, órgãos técnicos, empresas públicas, universidades, escolas e institutos técnicos federais. Este valor representa mais do que o PIB (a soma de todos os bens e serviços) de países como Peru, Nova Zelândia ou Marrocos.
A maior despesa nesse bolo é justamente com os salários dos funcionários, tanto os de Brasília quanto os espalhados país afora: o Executivo federal fechou a folha de pagamentos de 2012 em R$ 156,8 bilhões. O número de ministérios passou de 24, em 2002, para 39 este ano.
A quantidade de servidores ativos e aposentados também cresceu: passou de 809.975 em 2002, para 984.330 no fim de 2011, segundo dados do próprio governo.
A título de comparação, a verba total destinada a investimentos do governo federal, prevista no Orçamento Geral da União deste ano, é de R$ 110,6 bilhões. Para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), menina dos olhos da presidente, estão previstos R$ 75 bilhões em 2013.

POLÍTICA

Aécio diz que Brasil estagnou e reclama por mudanças

Pré-candidato tucano centrou os ataques no ‘desmonte dos pilares da estabilização econômica e democrática’ no governo Dilma
Gabriela Valente, O Globo
Com um discurso centrado na ineficiência do governo da presidente Dilma Rousseff, aclamado por cerca de 3 mil pessoas num evento grandioso que marcou sua eleição como presidente do PSDB , o pré-candidato tucano Aécio Neves (PSDB-MG) marcou o inicio da guerra contra o que chamou de "lulopetismo", de olho em 2014 . O legado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi lembrado, para fazer o contraponto com o que chamou de desmonte dos pilares da estabilização econômica e democrática nos dois anos do governo Dilma.
Outro ponto importante para Aécio foi a pacificação entre mineiros e paulistas, com a festejada participação do ex-governador José Serra a seu lado, junto com Fernando Henrique, o governador Geraldo Alckmin e outras lideranças tucanas de São Paulo.

Foto: O Globo

A presença de Serra foi vista como o fim das especulações de que poderia deixar o PSDB para disputar o governo de São Paulo e até a presidência da República pelo recém criado MD, de Roberto Freire.
No discurso, Aécio disse que o PT faz eventos pelo país para comemorar os dez anos no poder porque não tem nada para celebrar nos últimos dois anos no governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, o mandato dela é marcado por três aspectos: o baixo crescimento, chamado por ele de "pibinho ridículo", inflação galopante e paralisia nas obras de infraestrutura.
- Os últimos dois anos foram de fracasso. No governo Lula, eles ainda foram beneficiados pela herança do governo Fernando Henrique - afirmou Aécio, arrancando aplausos da plateia.
Aécio afirmou que a missão do PSDB é tirar o país das garras do PT, o partido político que se "encastelou" no Palácio do Planalto. Por outro lado, o novo presidente do PSDB disse que o partido "se apresentará" no momento certo para a campanha eleitorial e que mostrará um projeto de governo no ano que vem.

POLÍTICA

O bê-à-bá da repressão nos anos de chumbo

Documentos inéditos revelam como funcionavam os cursos de formação para vigiar e interrogar
Juliana Dal Piva e Chico Otavio, O Globo
Logo que as organizações de esquerda intensificaram as ações armadas contra o regime, no fim dos anos 1960, os militares se apressaram em criar centros especializados e formar agentes destinados a combatê-las. Por essas escolas da repressão, ativas até 1989, passaram nomes que, mais tarde, figurariam nas listas de torturadores.
Nas aulas, eles aprenderam a conduzir interrogatórios, a disfarçar-se, a penetrar em residências sem deixar vestígios e a pensar e agir como guerrilheiros, razão pela qual estudaram textos proscritos no país, de autores como Che Guevara e Mao Tse Tung.


GERAL

Daniela Mercury faz protesto contra a homofobia e é ovacionada em SP

Cantora abriu Virada Cultural 2013 no palco da Estação Júlio Prestes. Ela pediu a saída de Feliciano da Comissão de Direitos Humanos.
Lívia Machado, G1
A cantora Daniela Mercury fez um protesto contra a homofobia e foi ovacionada em seu show na abertura da Virada Cultura 2013 em São Paulo. A cantora foi a primeira a se apresentar no palco da Estação Júlio Prestes no começo da noite deste sábado (18).
Daniela subiu ao palco cantando "Madalena". Na sequência, ela rezou uma Ave-Maria. "Seis horas da tarde e a gente começando a Virada Cultural com a benção dessa mulher extraordinária que é Nossa Senhora", disse após a oração.

Foto: G1

A cantora seguiu o momento de reflexão fazendo um discurso em defesa do casamento homoafetivo. Ela pediu a saída do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC) da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Daniela falou contra a homofobia, defendeu a ocupação do país pela diversidade e alegria, e pediu a saída de Feliciano. "Todos têm o direito de ser como querem", disse. Em tom bem humorado, ela se disse feminista e que adora homem na cozinha. Ela foi ovacionada pelo público, que estendeu faixas de apoio. Logo depois, cantou "É impossível ser feliz sozinho".


ECONOMIA

PIB fraco pode conter avanço do emprego

Analistas discordam de Mantega sobre geração de postos de trabalho
Geralda Doca e Cristiane Bonfanti, O Globo
O discurso do governo de que a geração de postos de trabalho é “tão ou mais importante” do que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) não encontra respaldo na avaliação de economistas.

Ministro Guido Mantega

Os dois temas estão interligados, destacam os analistas, alertando para uma mudança importante na economia brasileira, que se desloca para o eixo de serviços e comércio — setores que empregam muito, mas geram baixa produtividade, devido a pouca qualificação dos trabalhadores no Brasil. Isso põe em xeque o futuro do emprego no país e o próprio crescimento econômico, alertam os economistas.

ECONOMIA

‘A política de escolher vencedores não funciona’,diz professor da FGV

Para Pedro Cavalcanti Ferreira, incentivos a setores industriais são ineficientes e país precisa de ‘ambiente de estabilidade’ com inflação na meta e ‘clareza nas contas públicas’
Lucianne Carneiro, O Globo
Professor da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getulio Vargas, Pedro Cavalcanti Ferreira afirma que o país deve adotar políticas horizontais de estímulos, que deem condições iguais para os diferentes setores da economia, em contraposição à escolha de áreas estratégicas, como tem ocorrido, segundo ele, no financiamento do BNDES. O economista admite que alguns segmentos da indústria podem desaparecer e que isso é um processo duro.

FotoO Globo

— Algumas indústrias podem não sobreviver, mas o que se vai fazer? Dar subsídio a vida inteira para essa indústria? — diz, lembrando, no entanto, que há exemplos de que é possível competir, como no caso do México em relação à China.
Ferreira destaca que é importante dar mais atenção ao setor de serviços e pensar em estratégias para dinamizar esse segmento da economia.
— No setor de serviços, pode-se trabalhar como chef de restaurante francês ou vendedor de churrasquinho na praia. É a educação que faz a diferença.


ECONOMIA

Com MP dos Portos, Brasil deve avançar no ranking mundial

Com investimentos, país passaria da 35ª para a 17ª posição em contêineres. Terminais nacionais de minério lideram
Danielle Nogueira, O Globo
O Brasil vive um paradoxo no setor portuário. Em terminais para movimentação de minério de ferro, o país está na liderança do ranking mundial, ocupando o primeiro, o segundo e o quinto lugares.
Entre os portos que movimentam contêineres, desce a ladeira para ocupar a 35ª posição, na lanterna dos 40 portos e terminais listados em levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
Investimentos em ampliação de capacidade, modernização de equipamentos e melhorias no sistema de gerenciamento eletrônico de carga poderiam elevar o Brasil à 17ª posição em três anos.
Um salto que, segundo especialistas, pode ser favorecido com a MP dos Portos, aprovada semana passada no Congresso.

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