Após receber críticas por faltar à reunião do diretório nacional do PT, a presidente Dilma Rousseff encaminhou carta de quatro páginas ao partido defendendo a realização de plebiscito para a reforma política e disse que, ao lado do ex-presidente Lula, está ouvindo a “voz das ruas” para dar respostas à sociedade brasileira.
A ausência de Dilma, que seria convidada de honra, teria incomodado os petistas, principalmente o ex-ministro e membro da direção do partido José Dirceu, condenado no caso mensalão. Dirceu teria criticado a decisão da presidente em reunião da corrente majoritária da legenda anteontem.
Como justificativa, a presidente afirmou que, com a visita do papa Francisco ao Brasil, se faz necessário atender a demanda de organização e segurança do evento, que envolve “todo o governo”.
Quanto a defesa do plebiscito, Dilma disse na carta: “Eles [brasileiros] querem um novo sistema político, mais transparente, mais oxigenado e mais aberto à participação popular que só a reforma política balizada pela opinião das ruas, por meio de um plebiscito, poderia criar”
A presidente usou na carta a expressão “querida militância” e fez afago à sigla dizendo que não haverá um “Brasil efetivamente novo” sem o PT. Ela cita Lula duas vezes na carta. Em uma delas, diz que está ao lado do ex-presidente ouvindo as ruas para “construir um Brasil cada vez melhor”, listando as ações federais em resposta às ruas.
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