sexta-feira, outubro 04, 2013

Vereadores rejeitam mudança de regime trabalhista em Crateús; servidores comemoram vitória

Vereadores da oposição no momento em que deram seu voto contra o projeto.
Pelo placar de 9 a 5, Câmara de Vereadores enterra projeto da mudança de regime trabalhista dos servidores públicos municipais de Crateús. Município parou para assistir à votação, que resultou na pior derrota política de Carlos Felipe.
Um dia histórico para o município de Crateús. Nesta quinta-feira (3), a Câmara Municipal colocou em pauta proposta do Executivo que altera o regime jurídico de contratação dos servidores, de celetista para estatutário. A proposta, que tramitava na Câmara desde o dia 24/09, foi retirada de pauta na sessão passada, a pedido do líder do prefeito, vereador Cleber Bonfim (PT).
Nos últimos dias, as movimentações foram intensas, tanto servidores como aliados do prefeito buscaram o apoio dos parlamentares para garantir o resultado favorável na deliberação.
icardo Cosmo Jr., presidente do Sindicato dos Servidores, vai as lagrimas depois da votação.
Ricardo Cosmo Jr, presidente do Sindicato dos Servidores, vai as lagrimas depois da votação.
Unidos contra a proposta, por considerá-la prejudicial aos trabalhadores, Sindicato dos Servidores e Sindicato dos Professores trabalharam arduamente para obter o apoio da opinião pública. A campanha nas redes sociais e nas rádios locais contra a proposta da mudança de regime foi intensa. Além da simpatia dos servidores, a causa defendida pelos sindicatos conquistou  o apoiamento maciço da população crateuense.
No último sábado (28), em assembleia geral convocada conjuntamente pelos dois sindicatos, os servidores deliberaram a favor de paralisação geral nesta quinta-feira e realização de atos públicos contra a proposta da mudança de regime.
A adesão dos servidores à paralisação foi maciça. Na manhã de hoje, a categoria realizou assembleia geral, que contou com a presença registrada de pelo menos 260 trabalhadores. À tarde, a movimentação em frente à Câmara Municipal começou a partir das 16h00. Dezenas de trabalhadores permaneceram no local à espera do início da sessão.
Votação
Vereadores Torê, Eva e Dr. José Humberto quando deram seu voto contra o projeto.
Vereadores Torê, Eva e Dr. José Humberto quando deram seu voto contra o projeto.
Com plateia lotada, a discussão do projeto começou acalorada…literalmente. O calor era quase insuportável. Acordo para tornar mais célere a sessão e diminuir o desconforto da plateia limitou as falas na tribuna, usada apenas os vereadores Cleber Bonfim e Conegundes Soares (DEM), além de Ricardo Cosmo Jr., presidente do Sindicato dos Servidores, e Socorro Pires, presidente do Sindicato dos Professores.
A matéria foi posta em discussão e todos os seis vereadores de oposição se manifestaram contra a proposta. O vereador Zé Humberto surpreendeu, ao afirmar que, não só votaria contra o projeto, mas também se desfiliará do PCdoB, partido do prefeito Carlos Felipe, amanhã (4). O vereador Toré (PV) também declarou seu voto contra o projeto e disse não saber se continua na base governista.
Posta em votação, a proposta foi rejeitada por 9 a 5. Além de Toré, Eva (PSL) também votou a favor dos servidores, que comemoraram efusivamente. Esta é, sem qualquer dúvida, a pior derrota política do prefeito Carlos Felipe.

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