terça-feira, janeiro 27, 2015

Dilma não será mais testemunha


Image-0-Artigo-1786137-1
Essa é a segunda vez que advogados do ex-diretor tentam ligar a presidente ao esquema
FOTO: AGÊNCIA CÂMARA
Brasília. Menos de duas horas depois de solicitar à Justiça Federal do Paraná que intimasse a presidente Dilma Rousseff (PT) como testemunha de defesa na ação penal contra o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, a defesa do executivo recuou e pediu a substituição do nome da petista no rol de interrogados. Em nova petição apresentada na tarde de ontem o advogado Edson Ribeiro, que defende o ex-diretor pediu que Dilma seja substituída por Ishiro Inagaki, de Tóquio e que dirigiu uma das empresas envolvidas no processo de aquisição de navios-sonda.
Na defesa prévia feita por Ribeiro, ele alegava a incompetência do juiz Sérgio Moro para julgar a ação. Além disso, o advogado afirmava que houve cerceamento da defesa, pois até hoje não teve acesso à íntegra da delação premiada de Paulo Roberto Costa, e pedia a absolvição sumária do réu e a rejeição da denúncia "em razão da inexistência de suporte probatório mínimo com consequente extinção do processo sem resolução do mérito".
Por fim, o defensor afirmava que "caso não se entenda pela extinção do processo, com ou sem resolução do mérito, requer sejam intimadas as testemunhas indicadas no rol em anexo".
No rol original de testemunhas constavam a presidente e os ex-presidentes da Petrobras José Sergio Gabrielli e José Carlos de Lucca, que dirigiu a estatal na década de 1990 e atualmente é presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP).
Escândalo
A inclusão de Dilma na lista de testemunhas da defesa de Cerveró foi solicitada ontem. Foi a primeira vez que um réu da Lava-Jato citou nominalmente a presidente, mas a defesa do ex-diretor já tentou ligar Dilma ao escândalo outra vez.
No começo do mês, Ribeiro encaminhou uma petição à Justiça Federal com um parecer contratado por Cerveró apontando "negligência, violação do dever de diligência e precipitação desnecessária" do Conselho de Administração da estatal, presidido, na época, por Dilma, na compra da Refinaria de Pasadena. Esse foi um emblemático escândalo da estatal, que teria gerado prejuízo de US$ 792 milhões.

0 comentários:

Postar um comentário