terça-feira, março 17, 2015

'Corrupção não está no Legislativo', afirma Cunha

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Cunha fez diversas críticas duras ao governo mas condenou os pedidos de impeachment. Para ele, eles "beiram o ilegal e o inconstitucional"
FOTO: AG. CÂMARA
São Paulo. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse, ontem, em São Paulo que "a corrupção não está no Legislativo, está no Executivo". Cunha se reuniu na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com um grupo de cerca de 160 empresários, para quem reservadamente, durante o encontro, ainda disse que o "PT não tem opositores, tem inimigos; o PT não tem amigos, tem súditos".
Cunha fez diversas críticas duras ao governo mas condenou os pedidos de impeachment. Para ele, eles "beiram o ilegal e o inconstitucional".
"Efetivamente, da nossa parte, não tem guarida para poder dar seguimento até porque entendemos que esta não é a solução. Entendemos que temos um governo que foi legitimamente eleito e que, se aqueles que votaram neste governo se arrependeram de terem votado, isso faz parte do processo político... Temos que debater, sim, o que aconteceu nas ruas ontem, temos que buscar formas que ajudem o governo a se encontrar com aquilo que a sociedade deseja ver. Mas não a partir de situações que cheiram e beiram o ilegal e o inconstitucional", afirmou Cunha.
O presidente também criticou as declarações de ontem dos ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) após os protestos.
"Achei a participação dos ministros um desastre, cada um falando uma coisa. Quem fala em diálogo e sectariza quem está nas ruas não quer ouvir", afirmou Cunha na coletiva.
Sobre o descontentamento com a política e com políticos, demonstrado nas ruas e o pedido por reforma política, o presidente da Câmara voltou a criticar o posicionamento do PT e dos dois ministros.
"A minha primeira sessão, no dia três, eu avoquei a reforma política que estranhamente os ministros do Partido dos Trabalhadores vieram reclamar, mas o PT obstruiu na Comissão de Constituição e Justiça por um ano a admissibilidade da PEC. Eu tive que fazer a admissibilidade em plenário".
A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 353/13, elaborada pelo Grupo de Trabalho de Reforma Política, coordenado pelo ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), prevê o voto facultativo, o fim da reeleição para presidente, governador e prefeitos e a coincidência das datas das eleições a cada quatro anos. O texto, porém, não altera o financiamento privado de campanha e, por isso o PT se posicionou contra a análise do projeto pelo plenário e tentou obstruir

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