terça-feira, outubro 27, 2015

Greve dos bancários continua no Mato Grosso e em Roraima

Os bancários de todo o país entraram em greve por tempo indeterminado e a paralisação inclui tanto bancos públicos quanto privados
Bancários chegaram a rejeitar três propostas antes de fechar acordo salarial com os banqueiros(Tércio Teixeira/Futura Press/VEJA)
Após 21 dias de paralisação, os bancários de boa parte do país voltaram ao trabalho nesta terça-feira. O fim da greve foi decidido em assembleias realizadas ontem por representantes regionais das categorias - apenas os trabalhadores de Roraima e Mato Grosso optaram pela continuação do movimento. A maioria dos bancários concordaram com a última proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos de reajuste de 10% no salário e de 14% nos vales alimentação e refeição. A princípio, a categoria reivindicava um aumento de 16%.
"Os bancos quiseram se aproveitar deste período para impor um reajuste abaixo da reposição da inflação. Foi uma grande vitória, pois superamos a adversidade política, economia e a forte intransigência dos bancos", comemorou, em nota, o presidente da Contraf, Roberto von der Osten. No último sábado, a entidade orientou os sindicatos regionais a aceitarem a oferta. Segundo a Contraf, o acordo foi costurado após os bancários rejeitarem três propostas feitas pelos bancos, de reajuste de 5,5%, 7,5% e 8,75%.
Em Cuiabá (MT), será realizada hoje uma nova assembleia às 18 horas para "avaliar os resultados dos outros Estados e tirar novos encaminhamentos". Nesta segunda-feira, o presidente Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e do Ramo Financeiro-MT (Seeb-MT), José Guerra, afirmou que a proposta pode ser "melhorada", tendo em vista o lucro dos banqueiros no primeiro semestre do ano. "A proposta feita pelos bancos cobre apenas a inflação de 2014, ou seja, apenas 0,12% acima da inflação de 9,88%. Isso não significa ganho real. Além disso, não houve nas questões como mais segurança, melhores condições de trabalho e nenhum compromisso de novas contratações", afirmou.
(Com agência Brasil)

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