segunda-feira, fevereiro 29, 2016

Datafolha: 76% dos brasileiros defendem saída de Eduardo Cunha da Câmara

Eduardo Cunha, em Brasília - 17/02/2016
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é investigado por envolvimento no escândalo do petrolão(Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Os brasileiros que defendem a renúncia do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) somam 76%, segundo pesquisa do instituto Datafolha, divulgada nesta na edição desta segunda-feira do jornal Folha de S. Paulo. A pesquisa foi realizada na semana passada, nos dias 24 e 25 de fevereiro, com 2.768 entrevistados, em 171 municípios. O número saltou onze pontos porcentuais, se comparado com a pesquisa realizada em dezembro do ano passado, em que de 65% dos entrevistados defenderam a saída dele.
Em relação a uma eventual cassação do mandato de Cunha, o número é ainda maior: 78% dos brasileiros são a favor - na última pesquisa, 82% defendiam a ideia; isso mostra estabilidade se a margem de erro de dois pontos porcentuais para mais ou para menos for levada em consideração. Já a reprovação ao Congresso Nacional está em 48% - uma queda de cinco pontos porcentuais em comparação com a pesquisa de dezembro.
Trâmite - Essa será uma semana decisiva para Eduardo Cunha. Na terça-feira, o Conselho de Ética vai continuar a votação do parecer preliminar pela continuidade do processo de investigação contra Cunha por quebra de decoro parlamentar. O peemedebista afirmou, no ano passado, durante a CPI da Petrobras, que não possuía contas no exterior. Meses depois, no entanto, foram descobertas contas ligadas a ele na Suíça.
Na quarta, será a vez do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se aceita ou não a denúncia contra o peemedebista no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Cunha recebeu propina de 5 milhões de dólares (cerca de 20 milhões de reais) em um contrato de navios-sonda da Petrobras. Se acusação for aceita, o deputado passa a responder às acusações de corrupção e lavagem de dinheiro na condição de réu.

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