Há dois meses, moradores da zona rural de São Miguel, como Dona Maria do Socorro, de 66 anos, tiveram que encontrar espaço para acomodar uma conta adicional: os 70 reais da internet. O motivo: as casas passaram a ser atendidas por uma rede de fibra óptica de alta qualidade. Agora, eles navegam a 15 megabits por segundo, uma velocidade de conexão três vezes maior que a média brasileira e próxima da de países como Coreia do Sul e Estados Unidos. A conexão expressa do sertão nordestino não é obra de grandes multinacionais, para as quais não vale a pena investir naquele ponto remoto. A provedora que transformou o cotidiano na casa de dona Maria e de milhares de outras pessoas no interior do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba responde pelo nome de Brisanet.
A empresa, fundada em 1997, foi concebida e desenvolvida por um empreendedor cearense: José Roberto Nogueira, natural de Pereiro, lugarejo pegado à divisa com o Rio Grande do Norte e a 330 quilômetros da capital, Fortaleza. Em um ano terrível para a economia brasileira, Nogueira, hoje com 51 anos, festeja números excelentes, com a expansão da clientela e também dos funcionários. A rede de fibra óptica administrada pela Brisanet chega hoje a 18.000 quilômetros em 32 cidades. São 50.000 clientes, que se somam aos 25.000 do sistema via rádio. O plano é dobrar o número de municípios atendidos nos próximos anos, alcançando a Paraíba e Pernambuco. Nogueira é um dos milhares, talvez milhões, de brasileiros que carregam o espírito do empreendedor.
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