quinta-feira, fevereiro 16, 2017

Temer quer Velloso na Justiça e Beltrame na Segurança Pública

O presidente Michel Temer deseja nomear o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso para o Ministério da Justiça, mas reforçar a Secretaria Nacional de Segurança Pública, hoje parte da pasta, com a nomeação do ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, para o posto.
Ainda não está definido se a secretaria seguiria como parte do Ministério da Justiça, passaria a ser independente ou mesmo um novo ministério. De acordo com fontes próximas ao governo, “tudo ainda está sobre a mesa”. O mais provável, no entanto, é que a Secretaria continue onde está porque não há espaço no orçamento para criar uma nova estrutura.
A decisão de Temer ainda não está tomada sobre o modelo que será adotado, mas os nomes já estão na cabeça do presidente. Carlos Velloso está praticamente garantido à frente do Ministério da Justiça. A ideia de Temer é ter Velloso como um suporte ao Governo no STF e Beltrame como um “secretário forte, acostumado a lidar com esses temas” da Segurança Pública.
O ex-secretário do Rio foi sondado e respondeu bem à ideia, mas ainda não foi convidado formalmente. Já o ex-ministro do STF, que esteve com o presidente na terça-feira, deixou claro que estaria disposto, especialmente se não tivesse que lidar com questões como segurança nos Estados e política penitenciária.

 “Não poderia errar”

A previsão feita por uma das fontes, no entanto, é que a situação esteja definida no início da semana que vem. Com a sabatina do ministro licenciado da Justiça Alexandre de Moraes marcada para a próxima terça-feira, a expectativa no Planalto é que a apreciação de seu nome para o STF seja feita no dia seguinte. Após essa confirmação, a posse do novo ministro e do novo secretário poderia acontecer na quinta-feira da próxima semana.
Temer manteve a afirmação que havia feito há uma semana, de que sua escolha para a Justiça seria pessoal. Nesta quarta-feira, pelo Twitter, repetiu. Apesar da pressão de seu partido, o PMDB, que queria a pasta para a bancada na Câmara e indicou o deputado Rodrigo Pacheco (MG), o presidente resistiu.
A interlocutores, repetia que “não poderia errar” na escolha do ministro da Justiça. A avaliação de auxiliares próximos é que a indicação de Moraes ao STF e a nomeação de Moreira Franco como ministro haviam queimado a pouca margem que o governo tinha com a opinião pública, já desconfiada de que o Planalto quer de alguma forma bloquear as investigações sobre corrupção.
(Com Reuters)

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