segunda-feira, setembro 11, 2017

Corrupção olímpica

Corrupção olímpica
JOGO SUJO Nuzman se negou a falar no depoimento. O voto a favor do Rio custaria US$ 2 milhões
A cerimônia de abertura dos Jogos 








Nuzman e Arthur foram alvos, na terça-feira 5, da Operação Unfair Play, uma nova fase da Lava Jato que tem apoio de autoridades francesas. Tudo começou no ano passado com a investigação do pagamento de propina a membros do COI para que fizessem vista grossa a casos de doping. Foi em meio a essa apuração que o Ministério Público francês descobriu os depósitos feitos por Soares em contas de membros da federação de atletismo. Foram expedidos mandados de prisão para o “Rei Arthur”, que está em Miami, e sua sócia. Nuzman teve sua casa alvo de buscas e foi levado para prestar depoimento na Polícia Federal, mas deixou o local sem dizer uma só palavra. Ele apenas entregou seus passaportes (o brasileiro, o russo e o diplomático), mas afirmou que só comentará o caso em juízo. Ambos tiveram bens bloqueados.
Passaporte comprado
O passaporte russo de Nuzman pode ter sido comprado. Segundo o depoimento do ex-atleta Eric Maleson, que presidiu a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo, o preço teria sido seu voto a favor da candidatura da Rússia para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014. Na casa do ex-presidente do COB a Polícia Federal apreendeu dois carros e um total de R$ 480 mil em espécie. As sedes do COB e do Comitë Rio-2016 também foram alvos de mandados de busca e apreensão. Atletas brasileiros repercutiram o escândalo nas redes sociais usando palavras como “vergonha” e relembrando as más condições dos centros de treinamento brasileiros. Enquanto eles sofrem, há quem encha os bolsos de dinheiro.

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