quinta-feira, maio 16, 2019

5,2 milhões de desempregados procuram trabalho há mais de 1 ano, aponta IBGE

Dados divulgados nesta quinta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 5,2 milhões de desempregados procuram emprego há mais de 1 ano. Esse universo representa 38,9% do total de desempregados no país.
Desse total de pessoas na fila do desemprego, 3,3 milhões (24,8%) estão desocupados há dois anos ou mais, uma alta de 9,8% na comparação com o 1º trimestre de 2018.
Ainda segundo o IBGE, 6 milhões de pessoas (45,4% do total) estão procurando emprego há mais de 1 mês e a menos de 1 anos, e 2,1 milhões estão na fila do desemprego há menos de 1 mês.
Desempregados por tempo de procura por trabalho
Em milhões de pessoas
Menos de 1 mêsDe 1 mês a menos de 1 anoDe 1 ano a menos de 2 anos2 anos ou mais1º tri de 20161º tri de 20171º tri de 20181º tri de 201902468
Fonte: IBGE
A taxa de desemprego média no país no 1º trimestre subiu para 12,7%, conforme já divulgado anteriormente pelo órgão, atingindo 13,4 milhões de brasileiros. Trata-se do maior índice de desocupação desde o trimestre terminado em maio de 2018.
Segundo o IBGE, o desemprego cresceu em 14 das 27 unidades da federação no 1º trimestre. As maiores taxas de desemprego foram observadas no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18,0%), e a menores, em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%) e Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%). Em São Paulo e no Rio de Janeiro, as taxas ficaram em 13,5% e 15,3%, respectivamente.
Além da alta do desemprego, a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 25% no 1º, a maior já registrada pelo IBGE. Em todo o país, esse grupo – que reúne os desocupados, os subocupados com menos de 40 horas semanais e uma parcela de pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego por motivos diversos – alcançou o número recorde de 28,3 milhões de pessoas.
Evolução da taxa de desemprego
Índice no trimestre móvel, em %
13,113,112,912,912,712,712,412,412,312,312,112,111,911,911,711,711,611,611,611,6121212,412,412,712,7jan-fev-mar/18fev-mar-abr/18mar-abr-mai/18abr-mai-jun/18mai-jun-jul/18jun-jul-ago/18jul-ago-set/18ago-set-out/18set-out-nov/18out-nov-dez/18nov-dez-jan/19dez-jan-fev/19jan-fev-mar/1902,557,51012,515
Fonte: IBGE

Desemprego é maior entre jovens, mulheres e negros e pardos

Os dados do IBGE mostram que o desemprego continua maior entre jovens, mulheres e negros.
No 1º trimestre de 2019, a taxa de desemprego na faixa de idade entre 14 e 17 anos chegou a 44,5%. Já na faixa de 18 a 24 anos, subiu para 27,3%, chegando a 31,9% na região Nordeste. Nos outros grupos, a taxa ficou abaixo da média do país.
O maior contingente de desempregados, entretanto, se concentra na faixa etária de 25 a 59 anos (57,2%). Na sequência, estão os jovens de 18 a 24 anos (31,8%), os menores de idade (8,3%) e os idosos (2,6%).
As mulheres seguem como a maioria (52,6%) da população desocupada e da população fora da força de trabalho (64,6%). Entre os homens, a taxa de desemprego ficou em 10,9% no 1º trimestre, ao passo que entre as mulheres foi de 14,9%.
A taxa de desocupação entre os que se declararam brancos (10,2%) ficou abaixo da média nacional (12,7%) no 1º trimestre. Porém, a dos pretos (16%) e a dos pardos (14,5%) ficaram acima. Do total de 13,4 milhões de desempregados, os pardos representaram a maior parcela (51,2%), seguidos dos brancos (35,2%) e negros (10,2%).
Quanto ao nível de instrução, 56,4% dos desempregados no 1 trimestre tinham o ensino médio e 22,1% não tinham o ensino fundamental completo. Já os desempregados com nível superior completo representaram 10,4%.

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