quinta-feira, agosto 25, 2011

‘Detratores terão a resposta’, ameaça Eduardo Cunha

  Antônio Cruz/ABr
Ejetado da cadeira de relator da comissão que vai cuidar da reforma do Código de Processo Civil, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi ao twitter.
Ameaçou: “…Quanto a alguns detratores, no devido tempo, terão a sua resposta e sofrerão as consequências.”
São muitos os “detratores” do deputado. Entre eles: meio PMDB, um Planalto inteiro, ministros do STF e a OAB.
Dado a ameaças, Cunha nem sempre as cumpre. Normalmente, os rivais do deputado não perdem por esperar. Ganham.
Amigo de Cunha, o líder do PMDB Henrique Eduardo Alves tentou mantê-lo na relatoria do Código de Processo Civil além dos limites do razoável.
A insistência ateou fogo à bancada do partido. Mas Henrique atribuiu a meia-volta apenas às “preocupações do meio jurídico.”
Como Cunha resistisse, Henrique levou-o à presença do vice-presidente Michel Temer. Foi uma conversa dura.
Cunha agarrava-se à relatoria na base do “vai ou racha”. Com a amizade já meio cansada, Temer e Henrique entenderam que era melhor ir sem ele.
No microblog, um Cunha rachado fez pose de inteiro: “Para deixar bem claro, não foi um ato de renúncia, não cedi e me sinto perfeitamente capaz de relatar...”
O deputado esquivou-se de nominar todos os “detratores” aos quais reserva uma “resposta.” Concentrou-se na OAB:
“Se fôssemos atender à OAB, o ministro Pedro Novais [Turismo] teria de pedir demissão e o presidente Sarney iria pagar a viagem helicóptero.”
Depois de sugerir duas boas ideias, Cunha acionou o gatilho: “O melhor que a gente pode fazer e debater esse exame da Ordem, que é um dos maiores absurdos que existem.”
Se for essa toda a munição do paiol de Eduardo Cunha, a OAB está mesmo perdida. Haverá na entidade um banho de gargalhada.

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