terça-feira, janeiro 24, 2012

Saída de Catanho aumenta impasse interno no PT


A saída de Waldemir Catanho da lista de “prefeituráveis” do PT de Fortaleza embolou as estratégias da prefeita Luizianne Lins para as eleições de 2012 e acirrou o impasse interno na sigla. Para setores menos ligados à Luizianne, a negociação sobre qual será o candidato do PT à sucessão agora está “zerada”. Em outra frente, alguns petistas passam a defender abertamente o nome do secretário de Educação da Capital, Elmano Freitas, para disputar o controle do Paço Municipal.
As executivas municipal e estadual do partido se reuniram na noite desta segunda-feira (23) para tentar avançar nas estratégias rumo às eleições. A lista de possíveis candidatos do PT caiu, oficialmente, de 13 nomes para cinco: além de Elmano, permanecem no páreo o presidente da Câmara Municipal, Acrísio Sena; o vereador Guilherme Sampaio; o deputado federal Artur Bruno e o secretário estadual de Cidades, Camilo Santana – este último, nome de confiança do governador Cid Gomes (PSB). O senador José Pimentel não compareceu e nem mandou representante. Ele será consultado se quer permanecer na lista.
De acordo com uma fonte do PT que pediu para não ser identificada, a manutenção de Camilo – que não compareceu à reunião – foi defendida pela corrente Democracia Radical, ligada ao deputado federal José Guimarães, personagem de força dentro do partido. É esse grupo que, com a saída de Catanho, defende que se “zerem” as negociações. Enquanto isso, nos bastidores, circula a informação de que, na ausência de Catanho, o favorito de Luizianne passa a ser Elmano Freitas.
Diante do clima de impasse, a petista não descartou a possibilidade de prévias. “Nós não temos problema de ter prévia. Se o partido tem isso como instrumento democrático de discussão, que ela seja respeitada e levada em conta”, opinou, em entrevista coletiva. Ela também evitou declarar apoio a um nome específico e defendeu o debate.
Questionada se concorda com a realização de pesquisas de opinião pública para a definição do candidato – conforme tem defendido Guimarães –, a petista ressaltou que as sondagens não podem ser fator definidor na escolha. “Tem gente que sai na frente, bate no teto e não sobe mais. Eu mesma, se fosse fruto de pesquisa, não seria prefeita de Fortaleza”, afirmou.
Cid Gomes
Luizianne explicou que só depois da definição interna no PT é que os partidos aliados devem ser procurados para discutir acordos. Ela disse que já chegou a conversar com o governador Cid Gomes, mas que os dois não entraram na pauta política. A aliança ou rompimento entre PT e PSB ditará os rumos da disputa.
(O POVO)

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