terça-feira, outubro 09, 2012

STF condena Delúbio Soares, Marcos Valério, José Genoino e José Dirceu

Sete anos após a eclosão do maior escândalo da política nacional, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares são condenados na mais alta corte do país por comprar apoio ao governo Lula com dinheiro sujo

Por: Renata Magalhães
O ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o empresário Marcos Valério e seus sócios, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz foram condenados por corrupção ativa pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Foram decisivos para a condenação do grupo os votos da ministra Cármen Lúcia e dos ministros Luiz Fux, Rosa Weber, José Dias Toffoli, Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski.
O ex-presidente do PT José Genoino também foi condenado pela maioria dos ministros pelo crime de corrupção ativa, por oferecer vantagem indevida.
O ministro Gilmar Mendes votou a favor da condenação do petista e declarou: "O próprio José Genoino não nega ter participado de reuniões com os dirigentes de PP, PT e PL. Fica muito difícil acreditar que alguns partidos não conciliados aceitariam acordo sem nada em troca".
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) também decidiu pela condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu por corrupção ativa.
Ele é apontado pela Procuradoria-Geral da República como o "chefe da quadrilha" do mensalão, esquema de compra de votos no governo Lula. Segundo a denúncia, José Dirceu comandou o esquema de compra de votos de deputados no Congresso para aprovar projetos de interesse do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-ministro também responde pelo crime de formação de quadrilha, último item a ser julgado pelo Supremo. 
A condenação não é considerada definitiva porque, em tese, os ministros podem modificar o voto até o final do julgamento.
No total, 25 dos 37 réus do processo do mensalão já sofreram condenações na análise de quatro tópicos da denúncia: desvio de recursos públicos, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e corrupção entre partidos da base. Ainda não foram julgados os itens sobre lavagem de dinheiro por parte do PT, evasão de divisas e formação de quadrilha.
Foram inocentados até o momento os ex-ministros Luiz Gushiken e Anderson Adauto, o ex-assessor do extinto PL Antônio Lamas, ambos a pedido do Ministério Público, além da ex-funcionária de Valério Geiza Dias, e da ex-diretora do Banco Rural Ayanna Tenório, que ainda serão julgadas por outros crimes.
O crime de corrupção ativa prevê pena de dois a 12 anos de prisão. O tamanho da pena será definido pela corte apenas no final do julgamento dos 37 réus.

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