domingo, abril 28, 2013

Dilma prepara troca de socialistas, mas manterá Leônidas


Fiel a presidente Dilma, Cid Gomes, que, neste sábado, comemorou aniversário, enfrenta conflito no PSB. Durante almoço na Serra da Meruoca, entre os convidados, o vice-governador Domingos Filho, a prefeita Patrícia, e o Secretário da Copa, Domingos Neto
Por: Redação Web
Um dos últimos capítulos da trama novelística entre PT e PSB começa nesta próxima semana. O Palácio do Palácio elegeu o Governador de Pernambuco e pré-candidato do PSB a presidente da República, Eduardo Campos, como adversário e traça os planos para desalojar alguns socialistas que hoje ocupam cargos na administração federal.
Os socialistas ligados a Campos deverão sair, mas dois ministros, embora filiados ao PSB, tendem a ser preservados: um, Leônidas Cristino, pré-candidato ao Governo do Estado do Ceará. O outro ministro, Fernando Bezerra, foi convidado para se filiar ao PT.
Leônidas Cristino, ministro dos Portos, está no Governo Federal muito mais pelas mãos dos irmãos Cid e Ciro Gomes e menos como membro do PSB. Cid, que, neste sábado, comemorou na Serra da Meruoca, Região Norte do Ceará, o seu aniversário, é eleiitor da presidente Dilma Roussef. Com isso, Leônidas estará preservado na reforma ministerial.
A festa de aniversário do governador cearense reuniu familiares, amigos, correligionários e aliados políticos. Ao lado do irmão Ciro, do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, Cid recebeu, entre os convidados, o vice-governador Domingos Filho, a prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, e o Secretário Municipal da Copa, Domingos Neto (foto)
O vice-governador Domingos Filho, que é filiado ao PMDB e pré-candidato ao Governo do Estado, é o principal articulador da base política de Cid Gomes. Domingos tem adotado o estilo de não aparecer nas articulações que faz e, pelas ligações próximas ao Governador, deverá acompanhá-lo em outro rumo partidário. Cid enfrenta conflitos no PSB por discordar da pré-candidatura de Campos ao Planalto. É defensor ardoroso da reeleição de Dilma Rousseff, postura adotada, também, por Domingos Filho.
Os desdobramentos do conflito Cid-PSB terá reflexos diretos na política do Ceará. Cid ainda não sabe para onde levar os seus liderados políticos, mas estão abertas as portas do PSD e PRB. A decisão precisa ser tomada até o dia 5 de outubro deste ano - um ano antes das eleições de 2014.
Dentro de 90 dias, Cid decidirá qual caminho partidário adotar. O partido que recebê-lo ou receber ou seus aliados terá candidato a governador. Dentro do grupo de Cid, são quatro pré-candidatos (Eunício Oliveira, Domingos Filho, Mauro Filho e Leônidas Cristino). A corrida agora é contra o tempo. O grupo de Cid precisa ter o comando da nova sigla para garantir a legenda aos candidatos ao Governo e Senado e, também, para formação de alianças partidárias. 
O tempo se torna inimigo de uma decisão apressada. Novos fatos podem antecipar a saída do grupo de Cid do PSB. A relação Governo Federal-Eduardo Campos azedou ainda mais após a última quinta-feira quando foi ao ar o programa nacional partidário do PSB. Em rede nacional de rádio e televisão, Eduardo Campos montou artilharia contra o Palácio do Planalto e excluiu o governador cearense da propaganda socialista.
As críticas foram políticas (defendeu gente preparada para gerenciar os recursos públicos), administrativa (crítica a lentidão com que o Governo Federal realiza obras de infra-estrutura) e eleitoral – a defesa da rotatividade do poder, com a renovação de quadros.
O programa do PSB fez bem a Eduardo Campos, declarado pré-candidato a presidente da República, e fez muito mal ao PT e ao Governo da presidente Dilma Rousseff. O enlace matrimonial dos dois partidos está chegando ao fim. Campos não é apenas pré-candidato, é um nome que passa a atrair simpatizantes hoje na situação e na oposição. E, neste cenário, estão as preocupações do comando nacional do PT que começa a organizar a pré-campanha de Dilma Rousseff à reeleição.
O líder do PT na Câmara Federal, José Guimarães, é um dos aliados do Governo Federal que vê a necessidade dessa novela ter o seu último capítulo:  "O Eduardo Campos é candidato à Presidência e está em campanha. O governo tem de decidir logo essa situação. Não dá para ficar protelando até o final do ano, pois o PSB já rompeu com o Governo",  enfatizou  Guimarães
Segundo Guimarães, o clima atual é de conflito e, por essa razão, cada partido deve definir os seus próprios rumso. "Separou, separou. Cada um vai para seu lado cuidar da vida. Só não pode ocupar os cargos no governo e fazer o papel de oposição".

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