terça-feira, agosto 20, 2013

Brasil

POLÍTICA

Barbosa ainda não cogita se desculpar com Lewandowski

Carolina Brígido, O Globo
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, pretende retomar na quarta-feira o julgamento dos recursos dos réus condenados no processo do mensalão sem fazer qualquer menção ao episódio em que acusou o colega Ricardo Lewandowski de fazer “chicana”.
Ao fim da sessão de quinta-feira, Lewandowski exigiu uma retratação do presidente. Não foi atendido. Barbosa foi procurado pelos ministros Celso de Mello e Luiz Fux, interessados em resolver o problema entre o relator e o ex-revisor do processo. Mas Barbosa se recusa a hastear bandeira branca. Argumenta que não se arrependeu das palavras ditas. Isso porque entendeu no comportamento de Lewandowski uma tentativa de retardar o julgamento.



POLÍTICA

TCU paulista quer barrar contratos do cartel do trem com Estado

Fausto Macedo e Fernando Gallo, Estadão
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) quer declarar inidôneas a Siemens e todas as empresas que atuaram no cartel de trens em São Paulo. O objetivo do procedimento é vetar futuras contratações dessas empresas pelo governo estadual. Investigações em curso pela Polícia Federal e Ministério Público Federal apuram denúncias de que agentes do governo paulista, de 1998 a 2008 - gestões do PSDB -, teriam recebido propina dessas empresas.
O presidente do TCE, Antônio Roque Citadini, requereu ao Ministério Público de Contas abertura de procedimento para eventual declaração de inidoneidade das companhias que atuariam no cartel. O processo deverá ser instaurado assim que a Procuradoria de Contas tiver acesso ao acordo de leniência em que a multinacional alemã denunciou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) a existência de um cartel em licitações no setor.


POLÍTICA

Após reunião com Dilma, Renan admite mudar pauta de votação de vetos

Júnia Gama e Isabel Braga, O Globo
Após conversa de mais de duas horas com a presidente Dilma Rousseff, na tarde desta segunda-feira, no Palácio do Planalto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL, foto abaixo), recuou da intenção de pôr em votação nesta terça-feira vetos presidenciais problemáticos para o governo. Ao sair do encontro, o senador admitiu que a pauta que apresentou na semana passada aos líderes da Casa, e já publicada, poderá ser alterada “em função da negociação”. Fica valendo, então, o acordo feito pelos líderes e pelo Planalto para votação apenas dos vetos previstos em quatro projetos.
O polêmico veto ao fim da multa adicional de 10% do FGTS nas demissões sem justa causa foi incluído na pauta de hoje por Renan, mas não deve ser votado. A ideia é que os líderes partidários cheguem a um acordo sobre a redução gradual dessa multa. O fim da multa, aprovado em julho pelo Congresso, provoca um rombo de mais de R$ 3,5 bilhões no caixa do governo.



POLÍTICA

PT e PMDB tentam fechar alianças estaduais

Fernanda Krakovics, O Globo
Depois das manifestações de junho e da queda e popularidade do governo Dilma Rousseff, as cúpulas do PT e do PMDB se reúnem pela primeira vez, na noite desta segunda-feira, para avaliar a conjuntura e negociar alianças estaduais. A principal preocupação é com estados como Rio de Janeiro, Ceará, Paraíba e Pará, onde as divergências ameaçam o palanque da campanha à reeleição da presidente Dilma.
A prioridade da direção nacional do PT é a reeleição de Dilma e aumentar suas bancadas na Câmara e no Senado, para não ficar tão refém dos aliados, como o próprio PMDB. Assim, o comando petista exigirá sacrifícios de sua base nas disputas para governador e dará a palavra final sobre as candidaturas.


POLÍTICA

Ex-ministro José Carlos Dias assume coordenação da Comissão da Verdade

Roldão Arruda, O Globo
O advogado criminalista José Carlos Dias será o novo coordenador da Comissão Nacional da Verdade. A escolha, já acertada de maneira informal entre os cinco integrantes do grupo, deverá ser confirmada na próxima segunda-feira, 26, em Brasília.
Dias advogou para presos políticos nos anos ditadura militar e foi ministro da Justiça no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, entre 1999 e 2000. Vai substituir Rosa Maria Cardoso, cujo mandato vence nesta semana (a coordenação é feita em sistema de rodízio, com duração de três meses).
Em entrevista ao Estado, Dias afirmou que sua primeira providência no cargo será um apelo à presidente Dilma Rousseff para que indique logo os nomes dos novos integrantes da comissão. Eles deverão substituir o ministro Gilson Dipp, que se afastou por motivos de saúde; e o procurador Claudio Fonteles, cujo pedido de demissão se deveu a divergências com outros integrantes da comissão. A presidente está adiando a escolha dos nomes há quase três meses.


GERAL

Manifestantes cercam delegacia para pedir libertação de jovem no Rio

Vladimir Platonow, Agência Brasil
Manifestantes que fizeram um protesto na noite de hoje (19) pelas ruas centrais do Rio decidiram cercar a frente da 5ª Delegacia de Polícia (DP), na Lapa, para onde foi levado detido um jovem acusado pela Polícia Militar de ter quebrado com uma pedra a vidraça de uma agência bancária. Os PMs que fizeram a segurança durante todo o trajeto da manifestação se deslocaram para a DP para evitar atos de vandalismo.
Os manifestantes pertencem ao grupo Black Blocs e mais cedo entraram em confronto com a polícia, quando ocuparam a escadaria da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). Os policiais dispersaram o grupo com cassetetes e armas de choque, o que fez os ativistas saírem em direção à Rua da Assembleia, onde jogaram sacos de lixo no meio da via e acabaram quebrando a vidraça da agência bancária, ato atribuído ao jovem detido.


GERAL

MP denuncia oito bombeiros por incêndio na Kiss

Flávio Ilha, O Globo
O Ministério Público acolheu nesta segunda-feira a denúncia formulada pela Brigada Militar e denunciou oito bombeiros pelo incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS). Os denunciados irão responder a processo na Justiça Militar de Santa Maria. Nenhum dos denunciados, entretanto, vai responder como responsável pelas 242 mortes.
O MP denunciou o tenente-coronel Moisés da Silva Fuchs, ex-comandante do 4º Comando Regional de Bombeiros de Santa Maria, o tenente-coronel Daniel da Silva Adriano, e o capitão Alex da Rocha Camillo, que foram chefes da Seção de Prevenção a Incêndios. Os três oficiais foram enquadrados no artigo 312 do Código Penal Militar (inserir declaração falsa com o fim de alterar a verdade em documento público).



ECONOMIA

Mantega: Mercado vive ‘estresse’, mas câmbio está sob controle

O Globo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse na noite desta sexta-feira que o país viveu uma “situação de estresse” no mercado de câmbio originada principalmente nos EUA em que aumentou-se a especulação, trocando títulos de longo prazo por títulos de curto prazo. Mantega afirmou que recomendou aos investidores a não fazerem grandes apostas contra o real.
Esse patamar do dólar vai afetar de algum modo a inflação mas o governo tem mecanismo para conter isso como redução das alíquotas de importação, afirmou o ministro. Mantega participou de um evento do jornal "Valor Econômico", em São Paulo. Em breve entrevista após o evento, o ministro disse que o Tesouro Nacional e o Banco Central estão prontos para agir e que têm mais instrumentos do que os que estão sendo usados para evitar grande volatilidade nos mercado.


ECONOMIA

Brasil entra no grupo dos ‘cinco frágeis’ quando assunto é câmbio

Bruno Villas Bôas, O Globo
De membro do famoso Brics (acrônimo criado para Brasil, Rússia, Índia e China), seleta relação dos países com grande potencial de crescimento feita pelo banco Goldman Sachs, o Brasil foi incluído pelo banco de investimento Morgan Stanley em um novo grupo de emergentes que tem uma história menos empolgante para contar: o dos “Cinco Frágeis”.
São países que têm em comum as moedas mais vulneráveis às mudanças na dinâmica da economia mundial, marcada agora pela expectativa de redução do programa de recompra de títulos públicos americanos, os chamados treasuries. O novo grupo é integrado também por Turquia, Indonésia, Índia e África do Sul.
Em relatório aos clientes, o Morgan Stanley avaliou que os cinco países têm dois principais fatores em comum: um elevado déficit em conta corrente — o saldo das transações entre um país e o resto do mundo — e um nível relativamente alto de inflação ao consumidor.

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