segunda-feira, dezembro 30, 2013

Brasil

Careca de saber, por Ricardo Noblat

O Senado deve ao distinto público a abertura de processo para cassar por quebra de decoro o mandato do seu presidente, Renan Calheiros.
Ou não é falta de decoro ignorar a lei? Ou não foi o que fez Renan ao voar em jatinho da FAB para se submeter no Recife a um implante de 10 mil fios de cabelo?
Com um agravante: depois de flagrado voando às nossas custas, tentou encenar uma farsa. Consultou a FAB sobre se de fato desrespeitara a lei.
A FAB não respondeu à consulta. Deu-se ao respeito, ora.
Renan estava careca de saber que o decreto que regulamenta o uso por autoridades de jatinhos da FAB não prevê deslocamentos por razões particulares.
É lícita a requisição de jatinho para viagens a serviço ou de volta ao seu Estado, por exemplo. Ou em caso de emergência médica. Um implante capilar é tudo – até um luxo. Emergência não é.

Renan Calheiros, presidente do Senado

Imagine se fosse possível escapar dos rigores da lei sob a desculpa de que desconhecia sua existência. “Sinto muito, mas nunca fora apresentado a essa lei”. Não teríamos um Estado, não como o que conhecemos hoje. Mas um Estado de anarquia.
Renan é político desde 1978. Foi duas vezes deputado federal por Alagoas, três senador, líder do governo Collor e ministro da Justiça de Fernando Henrique.
Uma de suas atividades é ajudar a fazer leis. Há várias de sua autoria. Fora centenas que ajudou a fazer.
Para isso, como deputado ou senador, sempre contou com a assessoria de dezenas de funcionários do quadro fixo da Câmara dos Deputados ou do Senado.
Como presidente do Senado – o terceiro na linha direta da sucessão do presidente da República – todas as suas dúvidas lhe são tiradas. Na hora.
Como sugerir que possa ter sido traído pela memória? Ou que seus assessores possam ter-se enganado na interpretação da lei? Ou que caberia à FAB dizer se ele acertara ou não ao requisitar jato para uma viagem particular?
E uma viagem que ele se empenhou para que não chamasse a atenção de ninguém? Como de costume, foi a imprensa que descobriu o malfeito de Renan.
Na noite do último dia 18, uma quarta-feira, Renan voou ao Recife a “serviço”, conforme consta dos registros da FAB. A agenda dele no site do Senado omitiu a viagem.
Uma vez lá, se internou em uma clínica onde no dia seguinte teve 10 mil fios de cabelo implantados na cabeça pelo cirurgião plástico Fernando Basto. A cirurgia durou oito horas. Seus resultados começarão a se tornar visíveis daqui a quatro meses.
Do Recife, Renan foi a Maceió. Um outro jatinho o levaria a Brasília quando quisesse. No que deu errado...
Renan apelou para o Plano B – “A FAB tem a última palavra”. Esqueceu de combinar com a FAB. Mandou um ofício ao comandante da FAB perguntando se cometera alguma “impropriedade” ao voar ao Recife de jatinho. Não recebeu resposta. Decidiu então pagar à FAB os custos da viagem.
Final feliz? Quem, fora Renan, pode pensar assim?
Ok, a imprensa esquecerá mais rapidamente o assunto por causa da decisão de Renan de reembolsar a FAB. E se ela esquece todo mundo muda de assunto.
Mas Renan, além de tudo, é reincidente. Em junho passado, foi a Trancoso, na Bahia, para o casamento da filha do colega Eduardo Braga (PMDB-AM). Usou um jato da FAB. Flagrado, devolveu à FAB R$ 32 mil.
Renan é tudo – menos um inocente coitadinho.
Ignorou a lei em junho, voltou a ignorá-la seis meses depois, só reembolsou a União quando os dois episódios se tornaram públicos. Do contrário...
Razoável supor que teria embolsado nosso dinheiro em silêncio. E sem remorso.


Em pronunciamento, Dilma fala em ‘guerra psicológica’ na economia

O Globo
Em pronunciamento em cadeia nacional de TV, a presidente Dilma Rousseff fez um balanço das ações do governo em 2013, falando sobre economia e os programas. Dilma afirmou que dificilmente vai existir em qualquer época um país com economia perfeita, porque sempre haverá algo por fazer.
Em outra parte, Dilma falou sobre as críticas da atuação do governo na economia, após falar em luta vigorosa em defesa do emprego e da valorização do salário do trabalhador:
- Nisso o governo teve uma ação firme, atuou nos gastos e garantiu o equilíbrio fiscal, atuou na redução de impostos e na diminuição da conta de luz. Nesses últimos casos enfrentando duras críticas daqueles que não se preocupam com o bolso da população brasileira.



Lula diz que 2014 será o ano de ‘reconhecimento’ de Dilma

O Globo
A poucos dias do início do ano eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em artigo publicado no jornal espanhol “El País”, que 2014 será o ano de “reconhecimento da seriedade e competência” da presidente Dilma Rousseff. O texto faz parte de uma fotorreportagem que lista as 11 personalidades ibero-americanas que mais marcaram 2013, na qual Dilma é um dos destaques.
No artigo, o ex-presidente lista os feitos de sua sucessora, destacando o início da carreira de Dilma como militante. Além disso, ressalta o fato de ela ser a primeira mulher presidente da república. Ambos os pontos importantes bandeiras da campanha eleitoral após a qual Dilma chegou à Presidência da República.



Justiça determina proteção a indígenas de aldeia no AM

Paula Littaif, O Globo
A juíza federal Marília Gurgel mandou neste domingo, a pedido do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), que a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a União adotem medidas de segurança, no prazo de 24 horas, para proteger a terra indígena Tenharim Marmelos, no município de Humaitá (a 675 quilômetros de Manaus). Há quatro dias, o local tem sido palco de conflitos entre índios e não indígenas após o desaparecimento de três homens perto da reserva.
Moradores de Humaitá acreditam que os indígenas tenham sequestrado os três no dia 16 de dezembro. Nove dias depois, do último dia 25, 300 habitantes do município atearam fogo em órgãos do governo federal que prestam serviço aos indígenas e, no dia seguinte, o mesmo grupo invadiu a reserva e queimaram casas de madeira que eram usados pelos índios para cobrar pedágio. Antes disso, homens do 54º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) haviam transportado os moradores da reserva a uma sede do batalhão em uma cidade vizinha, Apuí, para garantir segurança a eles.


Motorista que causar acidente com morte pode ter que pagar pensão

G1
O INSS quer que os motoristas que causem acidentes banquem, do próprio bolso, a pensão por morte ou invalidez das vítimas.
O centro de controle do Distrito Federal recebe mais um chamado numa manhã de sábado. Médico e enfermeiro são despachados de helicóptero ao local do acidente e encontram uma cena, infelizmente, bastante comum nas estradas e ruas brasileiras: motorista aparentemente embriagado, sem cinto de segurança, mas sem nenhum outro sinal de gravidade. Foi uma batida entre dois carros em uma pista molhada. A situação do outro motorista é mais grave. Depois do atendimento, os dois são levados de ambulância para um hospital - não foi preciso usar o helicóptero.


IOF maior para turistas deve estimular uso de ‘dinheiro vivo’ em 2014

Anna Carolina Papp e Luiz Guilherme Gerbelli, de O Estado de S. Paulo
O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nos gastos no exterior com cartões de débito e pré-pagos, cheque de viagem e saques em moeda estrangeira deixou o turista brasileiro com poucas alternativas para escapar do imposto. Na sexta-feira, o governo elevou o IOF de 0,38% para 6,38% e equiparou essas modalidades de pagamentos à taxa do cartão de crédito.
Para especialistas, a medida deve estimular o uso do dinheiro em espécie. "O turista está começando a ser cercado. O cartão de débito, uma das poucas ferramentas que eram vantajosas, não tem mais muito sentido. O brasileiro tende a comprar dinheiro em espécie, que não é uma coisa muito legal", afirma André Massaro, consultor e educador financeiro.



2014: o ano dos vestíveis, da impressão 3D e dos PCs híbridos

Sérgio Matsuura, O Globo
Em 2013 apareceram, com certa timidez, os primeiros wearable devices (dispositivos vestíveis), como o Google Glass e o relógio Galaxy Gear. Para o ano que começa, especialistas apontam que a tendência é que a conectividade se aprofunde, não apenas em celulares e computadores, mas em objetos cotidianos.
- É a internet das coisas, com objetos conectados sem a interferência do homem. Eletrodomésticos, carros inteligentes, roupas especiais, sensores. A computação saiu dos desktops, foi para as pessoas, agora está nas coisas. Tudo está conectado e isso tende a se aprofundar - diz David Cearley, analista da Gartner.

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