sexta-feira, fevereiro 27, 2015

Tensão marca primeira audiência de Ciro com Camilo no Palácio da Abolição

O diretor da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) responsável pela Transnordestina, Ciro Gomes (PROS), exaltou-se durante o primeiro encontro após as eleições com o governador Camilo Santana (PT) no Palácio da Abolição, na última quarta-feira (27).

Ciro teria reclamado da independência do governador em relação aos Ferreira Gomes, seus padrinhos políticos. Camilo Santana tem dialogado com políticos que fizeram oposição forte ao ex-governador e atual ministro da Educação, Cid Gomes (PROS), como o deputado estadual Capitão Wagner (PR).

Além disso, o deputado federal Antonio Balhmann (PROS) perdeu a votação para se manter coordenador da bancada cearense na Câmara para o petista José Airton. A derrota veio após o correligionário de Cid impedir uma moção, em reunião da bancada, contra o fim da Refinaria Premium II, que viria para o Ceará. O deputado ainda tenta reverter o quadro.

Sem resposta

Apesar de estar enfrentando, logo no começo do mandato, crises devido a obras realizadas no governo Cid, como a possibilidade de reabertura de investigações sobre a falta de licitação na contratação de construtora do Acquario do Ceará, o cancelamento da Refinaria Premium II, prometida pelo ministro e as suspeitas de irregularidades na contratação de construtoras do Cinturão das águas, as críticas do ex-secretário ficaram sem resposta.

Relação conflituosa

Ainda durante a campanha, Ciro Gomes já teria se exaltado em conversas com o então candidato Camilo. O ápice do confronto ocorreu devido a demora de Camilo ultrapassar o concorrente nas pesquisas, o senador Eunício oliveira (PMDB). Ciro culpou a passividade de Camilo pela derrota nas estimativas de voto.

Danilo Forte: 'Dilma desrespeita Ceará ao cortar orçamento do Cinturão das Águas'


O corte no orçamento das obras do Cinturão das Águas, noticiado nessa quinta-feira (26) pelos principais jornais do país, foi recebido com bastantes críticas por alguns dos parlamentares cearenses. O deputado Danilo Forte (PMDB-CE) considerou o contingenciamento como "mais uma prova de desrespeito da presidente Dilma Rousseff com a população do Ceará".

O peemedebista argumentou que a medida impactou negativamente a vida dos cearenses. De acordo com o jornal O Globo, que ouviu o representante do sindicato dos trabalhadores das indústrias de construção de Juazeiro do Norte (CE), Evandro Ribeiro, 4,5 mil empregados no Cinturão das Águas, que integra a obra da transposição do rio São Francisco, foram demitidos.

“Não tinha momento pior para o governo federal contingenciar os recursos do Cinturão das Águas: numa das piores épocas de seca da história do Ceará. Justamente uma obra que levaria água para atender uma das regiões mais carentes que é a microrregião do Sertão de Inhamuns no Sudoeste cearense”, declarou o parlamentar.

“Isso é mais uma demonstração clara da falta de compromisso e da falta de respeito para com o povo do Ceará por parte do governo da presidente Dilma Rousseff que se elegeu em cima de um castelo de falsas promessas e de uma gestão desastrada”, complementou.

POSTURA FIRME

Danilo Forte falou, ainda, que o momento atual exige das autoridades cearenses uma postura mais forte com relação ao governo da presidente Dilma. Ainda mais porque os cortes nos recursos das obras do Cinturão das Águas ocorrem posteriormente ao cancelamento do projeto da Petrobras de construir a Refinaria de Pecém.

“Portanto se faz necessário, mais uma vez, uma postura política dos cearenses indignados com relação a essa decisão que já vem na sequência do cancelamento da refinaria da Petrobras no Estado do Ceará. Os políticos cearenses precisam cumprir suas obrigações e com o povo cearense”, concluiu.

Fonte: assessoria.

PMDB ignora PT em propaganda

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No vídeo, vice-presidente da República, Michel Temer, defende uma agenda positiva para o Brasil e reforça a apuração de irregularidades
FOTO: REPRODUÇÃO
Brasília. Em meio à crise de relacionamento com o Planalto, o PMDB, principal partido aliado de Dilma Rousseff, levou à TV ontem à noite um programa descolado do PT e que não citou a presidente.
Na abertura da propaganda de 10 minutos, o programa alfinetou indiretamente o PT ao dizer que não são as "estrelas" que guiarão o partido e o País, mas serão as escolhas que apontarão caminhos. A estrela é o símbolo do partido.
Para o marqueteiro Elsinho Mouco, que assina a peça, a frase "é mais poética do que política": "A intenção é reforçar que nada na vida cai do céu e que são as escolhas que nos levam a ser o que somos".
Na peça, o vice-presidente Michel Temer defende uma agenda positiva para o Brasil. Diz que a apuração de irregularidades não pode paralisar a vida produtiva do País. O presidente nacional do PMDB reforça apoio à reforma política e à liberdade "plena de informação". O PT defende a regulamentação da mídia.
Temer diz que o ajuste fiscal fortalecerá a economia e que serão sustentados os programas sociais, sem citar os governos Lula ou Dilma.
O comercial trouxe depoimentos dos seis ministros do PMDB que ocupam pastas no governo Dilma, mas sem referência à presidente: Eduardo Braga (Minas e Energia), Kátia Abreu (Agricultura), Edinho Araújo (Portos), Helder Barbalho (Pesca), Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Vinicius Lages (Turismo).
O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou que seu cargo exige humildade e perseverança para fazer as mudanças que o País requer. E que colocará em pauta temas de interesse da sociedade e que tragam "benefícios para os brasileiros".
Já Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara, citou a reforma política e disse que mostrará que "os escolhidos" para representar a sociedade "são capazes de cuidar dela".
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), disse que o "mar de crises que invade o noticiário" mostra ser urgente mudar a forma de fazer política no Brasil.
Desde a reeleição de Dilma, o PMDB tem se queixado da falta de interlocução com a presidente e de acesso às decisões centrais do governo.
"Não ter a presença da presidente Dilma, nem citação ao Partido dos Trabalhadores, é absolutamente natural. O programa é peemedebista, não governista", diz Mouco.

quinta-feira, fevereiro 26, 2015

Lula concorda com maior protagonismo do PMDB na coalizão, diz Renan

Anfitrião de café da manhã que reuniu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e líderes do PMDB, nesta quinta-feira (26), o presidente do Senado, Renan Calheiros disse que Lula concordou com um maior protagonismo de seu partido nas decisões políticas do governo e até sugeriu que o vice-presidente da República, Michel Temer, seja o interlocutor do PMDB no governo.

— [O ex-presidente Lula] lembrou que quando foi presidente envolvia o vice-presidente José Alencar em todas as decisões e acha que o mesmo deve ocorrer agora. É preciso que o governo envolva o vice-presidente Michel Temer em todas as decisões porque ninguém melhor que o Michel interpreta o sentimento do partido como um todo — disse Renan Calheiros.

Uma maior participação do PMDB na definição das políticas públicas e na definição dos rumos do país é uma reivindicação do partido. Renan tem insistido nesse ponto e ressaltado que o papel da legenda é o de colaborar com o Executivo. Do contrário, a coalizão se torna “capenga”, na avaliação do senador.

— Porque coalizão capenga não é coalizão é colisão. E isso não pode continuar a acontecer — reiterou.

Lula está em Brasília desde a noite de quarta-feira para ajudar Dilma Rousseff na articulação política. Ontem à noite, ele participou de um jantar com a bancada do PT no Senado. Durante o encontro desta quinta-feira com o PMDB, Renan apresentou suas preocupações com o ajuste fiscal promovido pelo governo, considerado pelo presidente do Senado como “insuficiente”. O senador defende cortes no setor público e revisões nos contratos.

— Eu acho que ele [Lula] concorda que deva haver um ajuste mais amplo. O PMDB está muito unido nessa possibilidade de termos um ajuste com começo, meio e fim, para que todos saibam que o ajuste não ficará apenas naquelas medidas contidas nas medidas provisórias, que transferem uma parte do problema para parcela mais pobre da população — avaliou.

De acordo com Renan, Lula se mostrou otimista com a situação econômica do país e prosseguirá dialogando com setores da sociedade para garantir a retomada do crescimento.

— O presidente não falou especificamente [sobre o ajuste fiscal], mas demonstrou, por exemplo, muitas convergências com todos nós e pediu apoio para que sejam construídas saídas políticas e econômicas para o Brasil. Ele é sempre um otimista e mais uma vez fez uma veemente defesa desse otimismo — disse o senador.

Segundo o presidente do Senado, o papel de Lula é fundamental nesse processo.

— Ele vai conversar com a sociedade. Está fazendo isso. Reuniu o PT ontem à noite. Ele fez esta reunião com setores da bancada do PMDB e com outros partidos também. Quer continuar conversando. E eu entendo, como o país entende, que o papel dele é fundamental, é insubstituível. Dele e dos outros ex-presidentes da República também — afirmou Renan Calheiros, que esteve acompanhado do ex-presidente José Sarney na reunião com Lula.

Eunício

O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, também comentou sobre o café da manhã, no qual, segundo ele, ganhou força a ideia de união entre o PMDB e o PT:

— Eu falei: o senhor sempre foi o garantidor dessa relação PMDB/PT dentro do seu governo. Nós somos os garantidores do governo e o senhor é o garantidor dessa relação nossa com o governo — relatou Eunício.

Na visão do senador pelo Ceará, Lula está otimista, como sempre, e exercendo seu papel de "incentivador e um porto seguro do ponto de vista da conversa política", mas entende que o Brasil não pode perder o patamar de crescimento que criou em relação ao mundo, inclusive no que se refere ao "quase pleno emprego".

O líder do PMDB disse que durante o encontro não se falou das medidas provisórias que compõem o chamado pacote de ajuste fiscal.  O objetivo foi mesmo "um reordenamento político em relação à chamada coalizão".

Lula indagou sobre as condições no Senado para a análise de projetos do interesse do governo. Ouviu dos peemedebistas presentes que "existem efetivamente algumas dificuldades do ponto de vista político", dificuldades essas que têm criado obstáculos para algumas outras medidas do ponto de vista da economia. Na opinião de Eunício, teria sido muito mais saudável se o partido tivesse sido chamado a discutir as medidas provisórias, que na opinião dele, são "ajustes administrativos e não um pacote fiscal, mas que foram vendidas como pacote fiscal".

Participaram também do encontro com Lula os senadores Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Edison Lobão (PMDB-MA), Roberto Requião (PMDB-PR). Embora integrante do PR, esteve no café da manhã o senador Blairo Maggi (MT). Acompanhando o ex-presidente, estiveram os diretores do Instituto Lula, Paulo Okamotto e Luiz Dulci.

* Com informações da Agência Senado.

Combate às Drogas: Prefeitura repassará em torno de 12 mil reais para Comunidade Reviver

Combate às Drogas: Prefeitura repassará em torno de 12 mil reais para Comunidade Reviver

Prefeitura, Comunidade Reviver e Ministério Público estiveram reunidos nesta quinta-feira (25) no gabinete do prefeito tratando sobre o funcionamento da Comunidade Reviver, instalada em Crateús ano passado para tratar de dependentes químicos. Na reunião foi definido que a Prefeitura repassará em torno de R$ 12 mil mensais para a instituição garantir o atendimento e tratamento de 20 pessoas.

Presentes na reunião o promotor de Justiça, Dr. José Arteiro Soares Goiano, os presidente da Câmara Municipal, João de Deus, o vereador Francisco Guilherme, vereador Arimilson, o Pastor Fernandito, da Comunidade Reviver e pela Prefeitura o chefe de gabinete Wanderley Marque, pelo procurador Dr. Marcelo Cavalcante e o secretário de Saúde Élder Leitão. Na ocasião foram definidas as responsabilidades de cada órgão parceiro na manutenção da Casa de tratamento localizada no bairro Fátima II, no antigo Colégio Liceu.
“Estivemos aqui na companhia do pastor Fernandito, consideramos uma causa nobre importante. Já há quase três estamos lutando para viabilizar este projeto para acolher, amparar os viciados em droga. Tínhamos uma pendência que precisava ser ser resolvida, mas acreditamos que caminhamos para uma solução, Serão ofertadas 30 vagas, sendo aproximadamente 20 para as famílias carentes que sofrem no mundo das drogas”, declarou o Promotor de Justiça.

José Airton conta com apoio de 15 deputados e 2 senadores e derrota Balhmann

O ex-governador Cid Gomes (PROS) sofreu uma nova derrota humilhante em Brasília. O deputado federal José Airton Cirilo (PT) apresentou a lista de assinaturas com o apoio de 15 deputados federais e dois senadores (José Pimentel e Eunício Oliveira), para substituir o deputado Antonio Balhmann (PROS) na coordenação da Bancada Federal Cearense.

Balhmann foi humilhado em sua tentativa de se reeleger coordenador. Permaneceu ao seu lado apenas a bancada do PROS e o tucano Raimundo Gomes de Matos, ou seja, contou com apenas 4 dos 22 votos dos parlamentares cearenses.


A vitória de José Airton mostra que a insatisfação com o trabalho de Balhmann à frente das articulações, principalmente ao não esboçar nenhuma reação no episódio do cancelamento das obras da Refinaria Premium II. O seu silêncio, obedecendo ordens do ministro Cid Gomes, foi decisivo para sua não recondução.


Agora, com as assinaturas, o novo coordenador da Bancada, José Airton Cirilo, pretende agendar audiência com o governador Camilo Santana (PT). O objetivo é mostrar que durante seu mandato irá privilegiar a luta pelos direitos do Ceará em Brasília, sem a subserviência que marcou a gestão de Antonio Balhmann. 

Combate aos paus-de-arara é reforçado pelo TCE no interior do Ceará

Uma inspeção do transporte escolar em cinco municípios cearenses será feita pelo Tribunal de Contas do Ceará (TCE).

Inicialmente os trabalhos terão início em Cruz, Ipaporanga, Aracati, Jardim e Viçosa do Ceará, até o fim do primeiro semestre. Os cinco municípios foram escolhidos porque ocorrências de irregularidades já foram detectadas.

A ação é uma das medidas acertadas em reunião promovida nessa quarta-feira pelo TCE.
O órgão firmou parcerias com outras instituições com objetivo de intensificar a fiscalização e garantir o transporte escolar seguro dos estudantes no Estado.

Para o segundo semestre, está prevista uma auditoria operacional sobre transporte escolar.

Cônjuges de deputados terão direito a passagem

Medida faz parte do "pacote de bondade" que inclui aumento da verba de gabinete de R$ 78 mil para R$ 92 mil

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As mudanças devem resultar em gastos de R$ 151 milhões, mas Cunha disse que serão cortadas verbas de custeio e investimento
FOTO: AGÊNCIA CÂMARA
Brasília. A Mesa Diretora da Câmara aprovou, ontem, o reajuste em diversas verbas parlamentares, incluindo a de gabinete, que passa dos atuais R$ 78 mil para R$ 92.053,00 mensais. O auxílio-moradia subiu de R$ 3,8 mil para R$ 4,2 mil.
O pacote de medidas aprovado pela Mesa faz parte das promessas de campanha do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os cônjuges dos deputados federais também receberam um agrado, sendo autorizados, agora, a usar as passagens aéreas pagas pela Câmara em viagens do Estado de origem a Brasília.
O chamado cotão (verba indenizatória) teve reajuste de 8%, elevando de R$ 27.977,26 para R$ 30.215,44 o menor valor recebido por deputados, no caso os do Distrito Federal. O maior é destinado aos deputados de Roraima e passará de R$ 41.612,80 para R$ 44.941,62.
A Mesa da Câmara aprovou, ainda, a criação das secretarias de Comunicação e de Relações Institucionais, que serão ocupadas por deputados.
Uma será encarregada da comunicação social da Casa e a outra cuidará da relação da Câmara com outros parlamentos. Cunha informou que a estrutura existente na Casa na área de comunicação ficará subordinada à Secretaria de Comunicação, que deverá ser comandada pelo deputado Cleber Verde (PRB-MA), integrante da Frente Parlamentar evangélica.
"Ninguém está tirando funcionário concursado de nada. A mudança é que a TV terá de cumprir a atividade parlamentar. Ela não tem de competir com TV aberta, ter programa de chorinho. Ela tem de cumprir a atividade parlamentar", disse Cunha. Ele acrescentou que não haverá criação de novos cargos para atender às duas secretarias.
Impacto no Orçamento
Num momento em que o País discute um ajuste fiscal, o presidente da Câmara dos Deputados negou que as medidas representem aumento para o orçamento e afirmou que a decisão não representa mais despesas, uma vez que serão cortadas verbas de custeio e investimento para cobrir a atualização dos valores.
Segundo ele, o impacto das novas medidas não deverá atingir 5% do orçamento total da Casa. O orçamento é de R$ 3,385 bilhões e as mudanças devem resultar em gastos de R$ 151 milhões.
"Não estou aumentando verba, mas corrigindo os valores", completou, ressaltando que eles valem a partir de abril.

Dilma diz agir 'como uma mãe'

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Na visita à Bahia, presidente disse que promove cortes na economia como uma dona de casa faz com o orçamento doméstico
FOTO: RICARDO STUCKERT FILHO/PR
Feira de Santana. No primeiro destino do roteiro de viagens que pretende fazer para recuperar sua popularidade, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse ontem que promove o ajuste fiscal "como uma mãe, como uma dona de casa" faz com o orçamento doméstico.
A petista entregou ontem 920 unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida em Feira de Santana, na Bahia, e justificou para o público o pacote que tornou mais rígidas as regras para o acesso a benefícios trabalhistas e cuja aprovação deve render ao governo uma economia de R$ 18 bilhões. Ela usou como exemplo mudanças em programas sociais: "As correções dizem respeito ao fato de que para o Brasil é importante focar os programas, para que eles beneficiem quem mais precisa", disse.
A estratégia de Dilma de rodar o País e explicar de forma didática as medidas foi traçada no encontro com seu padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ontem, ela também afirmou que os programas sociais não serão interrompidos com a contenção de gastos.
"Precisamos dar condições da gente retomar o novo ciclo de desenvolvimento econômico. Para gerar mais emprego e para assegurar mais renda e fazer com que o Brasil continue a crescer", disse.
"Ninguém pense que por causa disso vamos parar programas sociais como o Minha Casa Minha Vida", acrescentou.
Dilma esteve acompanhada no ato do governador da Bahia Rui Costa (PT), do ex-governador e hoje ministro da Defesa Jaques Wagner e do ministro das Cidades Gilberto Kassab, além de parlamentares petistas e do prefeito José Ronaldo (DEM). Numa cidade que lhe deu mais de 66% dos votos válidos em outubro, a presidente foi ovacionada e recebida aos gritos de "olê, olê, olá, Dilma, Dilma"

quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Dilma diz que governo não tem condições de baixar preço do diesel

Presidente afirmou que não poderá atender reivindicação de caminhoneiros.

Motoristas têm interditado rodovias para protestar contra preço do diesel.

Do G1, em Brasília (*)

A presidente Dilma concede entrevista coletiva durante visita a Feira de Santana (BA) (Foto: Henrique Mendes / G1)A presidente Dilma concede entrevista coletiva durante visita a Feira de Santana (BA) (Foto: Henrique Mendes / G1)
Apesar da onda de protestos e bloqueios de estradas, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (25), na Bahia, que, atualmente, o governo federal não tem condições de baixar o preço do diesel, como reivindicam caminhoneiros de todas as regiões do país. Nesta quarta, a manifestação dos caminhoneiros entrou em seu sétimo dia de protesto consecutivo contra o aumento do diesel e do preço do frete, considerado baixo pela categoria.
 
RODOVIAS FECHADAS
Caminhoneiros fazem protestos pelo país
Até a noite de terça, pelo menos 13 estados haviam tido registro de atos, com interdição de rodovias e acessos a portos. Na tentativa de pôr fim aos bloqueios de estradas, integrantes do primeiro escalão de Dilma e representantes dos caminhoneiros irão se reunir em Brasília na tarde desta quarta.
Ao comentar as manifestações de caminhoneiros durante entrevista coletiva em Feira de Santana, Dilma ironizou o fato de o governo estar sendo criticado pela elevação do preço dos combustíveis. Segundo ela, ao longo dos últimos dois anos, quando o barril do petróleo chegou a alcançar US$ 120 no mercado internacional, o Executivo foi criticado justamente por estar segurando internamente o valor da gasolina, do etanol e do diesel.
"Interessante essa história do combustível. Passamos 2013 e 2014 sob um conjunto de críticas de que o governo e a Petrobras tinham que elevar ao preço do gás e do diesel. Passamos todo o período de US$ 100 a US$ 120 do preço do barril do petróleo sem grandes aumentos. Agora, o que fizemos foi recompor a Cide [Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico]", disse a chefe do Executivo.
Dilma ressaltou que o governo não pretende se basear nos custos internacionais do petróleo para ajustar o preços dos combustíveis no Brasil. De acordo com a presidente, mesmo se o barril de petróleo vier a subir nos próximos meses, o Executivo não pretende "mexer nos preços".
Nesta terça (24), a agência de classificação de risco rebaixou todas as notas de crédito da Petrobras. A empresa perdeu grau de investimento – aplicações consideradas seguras para os investidores. Para Dilma, a estatal tem "grande capacidade" para se recuperar.
Rebaixamento da Petrobras
Em meio à entrevista, Dilma Rousseff também comentou o fato de a agência de risco Moody's ter rebaixado a nota da Petrobras . Na avaliação da petista, a decisão é uma "falta de conhecimento" do que está acontecendo na estatal.
"[O rebaixamento da nota da Petrobras é] uma falta de conhecimento do que está acontecendo na Petrobras. Não tenho dúvida que ela vai ser uma empresa com grande capacidade de se recuperar disso", opinou Dilma.
(*) Colaborou Henrique Mendes, do G1 B
A

Camilo Santana renomeia mais oito integrantes da gestão Cid Gomes

O governador Camilo Santana (PT) anunciou, nesta terça-feira (24), a nomeação de mais 10 novos gestores do segundo escalão do Governo do Estado. Na lista de convocados, oito já participavam do Executivo na gestão anterior, de Cid Gomes (PROS).

Flávio Ataliba Flexa Dalto Barreto foi reconduzido ao cargo de diretor geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Igor Vasconcelos Ponte permanece na Superintendência do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Eduardo Sávio Passos Rodrigues Martins continua na Presidência da Fundação Cearense de Metereologia e Recursos Hídricos (Funceme). Joaquim Firmino Filho será mantino como secretário-executivo da Secretaria da Infraestrutura (Seinfra). Já o major PM Juarez Gomes Nunes Júnior, que ocupava a função de articulador da Corregedoria-Geral da SSPDS na gestão de Cid Gomes (PROS), foi promovido para o cargo de secretário-executivo da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD).

Foram nomeados ainda Vera Maria Câmara, ex-coordenadora de Políticas e Atenção à Saúde da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), que assumirá como secretária-executiva da pasta. Ana Maria Cruz de Sousa, que foi secretária-adjunta da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, volta ao gabinete, agora como secretária-executiva da STDS. Paulo Roberto de Carvalho Nunes continua como secretário-executivo da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE).

Como secretário-executivo da Secretaria da Pesca e Aquicultura, o governador convocou o Antônio Daniel de Azevedo Frota, que foi vice-presidente do Fortaleza Esporte Clube, na gestão de Osmar Baquit, atual secretário da Pesca e Aquicultura do Ceará.

O Governo do Estado também oficializou a saída do recém-nomeado secretário-executivo da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, Odécio Rodrigues Carneiro. Em seu lugar foi nomeado Raufílio Santiago Vidal, que já foi delegado superintende adjunto da polícia Civil do Estado.

Projeto que criminaliza venda de bebidas a menores vai à sanção

A Câmara dos Deputados aprovou, nessa terça-feira (24), projeto de lei do Senado, que tipifica como crime a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos.

A iniciativa prevê detenção de dois a quatro anos e multa de R$ 3 mil a R$ 10 mil pelo descumprimento da proibição. Como o texto já havia sido aprovado no Senado e não foi alterado na votação dos deputados, ele segue agora à sanção presidencial.

O projeto aprovado altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para tornar crime vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica.

O texto estabelece como medida administrativa a interdição do estabelecimento comercial até o recolhimento da multa.

* Com informações da EBC.

Vice alerta Dilma do risco de perder maioria no Congresso

O vice-presidente da República, Michel Temer, alertou a presidente Dilma Rousseff que ou o governo inclui o PMDB em suas decisões estratégicas ou não terá como manter a legenda na base aliada.

Segundo a Folha apurou, o recado foi dado em uma conversa telefônica nesta terça-feira (24), quando o vice afirmou que a sigla está no "limite da governabilidade".

Temer explicou a Dilma que, se o partido continuar excluído do poder "mais um mês ou dois", o Planalto corre o risco de perder o controle mínimo da pauta no Congresso –o PMDB preside as duas Casas do Parlamento.

Sem o apoio do partido, notabilizado por traições, ameaças e apetite por cargos, o governo dificilmente conseguiria viabilizar projetos de seu interesse ou obter grau mínimo de blindagem em CPIs como a da Petrobras.

É a primeira vez que Temer traça um cenário tão negativo à petista. A insatisfação da sigla aumentou na medida em que os peemedebistas viram novos aliados do Planalto, como o PSD, crescerem na montagem do segundo mandato.

Dilma garantiu sete pastas ao PMDB, mas a maioria sem grande poder de fogo político ou indicações da cúpula do partido. Além do interesse em emplacar cargos no segundo escalão do governo, uma das exigências da legenda é ter assento nas reuniões da coordenação de governo, hoje composta apenas por petistas.

O diálogo entre Temer e Dilma ocorreu poucas horas depois de um jantar, na segunda-feira (23), da cúpula do PMDB com a equipe econômica na residência oficial do vice, o Palácio do Jaburu.

Apesar de a reunião ter sido chamada por Temer para tentar destravar as medidas do ajuste fiscal que tramitam no Legislativo e de ter havido promessas de apoio do partido ao pacote, foram as insatisfações políticas que dominaram o debate.

Como representantes do Executivo, estavam no jantar Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Alexandre Tombini (Banco Central) e Aloizio Mercadante (Casa Civil).

"O PMDB salvará o ajuste fiscal", disse Eduardo Cunha no jantar, falando como uma espécie de fiador do pacote de redução de despesas, isso após passar as últimas semanas impondo seguidas derrotas à Dilma na Câmara.

O pacote, do qual o PMDB reclama de não ter participado de sua concepção, prevê uma economia de R$ 18 bilhões neste ano ao endurecer exigências para a concessão de seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e seguro-defeso para pescadores artesanais. Apesar do apoio, não estão descartadas mudanças nas propostas.

No jantar do Jaburu, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), foi bem menos comedido. Afirmou que seu partido só é chamado na hora de votar. A jornalistas, fez questão de dizer que a coalizão de Dilma com seu partido está "capenga".

"O PMDB quer dar um fundamento à coalizão, quer participar da definição das políticas públicas. Essa coalizão, ela é capenga porque o PMDB, que é o maior partido do ponto de vista da coalizão, ele não cumpre o seu papel", afirmou, ao chegar ao Senado.

Diante das críticas, Mercadante reconheceu que é preciso repensar a relação do governo com sua base congressual. Na semana que vem, Dilma receberá a cúpula peemedebista.

As dificuldades da presidente não se limitam ao parceiro mais problemático da coalizão. O próprio PT resiste em apoiar iniciativas do pacote fiscal.

PT e PMDB têm juntos 131 deputados do total de 513. Para ser apreciado, um projeto de lei exige quórum mínimo de 257 deputados. Ele será aprovado se tiver maioria simples do número de presentes.


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* Com informações da Folha de S. Paulo.

Tasso pede investigação sobre fim de projeto no CE

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O senador tucano apresentou requerimento na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle
FOTO: AGÊNCIA SENADO
Brasília. O senador Tasso Jereissati (PSDB) solicitou que o Senado Federal investigue as razões da decisão do Governo Federal, por intermédio da Petrobras, de cancelar o projeto da Refinaria Premium II, no Ceará, e buscar responsáveis pelos eventuais prejuízos causados. Ele apresentou ontem requerimento na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado.
"É absolutamente inconcebível que após todos esses anos, depois de tantas promessas e investimentos, em finanças e em sonhos, a Petrobras lance por terra um projeto de tal envergadura sem se dignar a explicitar as razões e justificativas de sua decisão", disse Tasso.
Para o senador, a atitude da empresa revela "uma irresponsabilidade sem limites". Na avaliação do tucano, a suspensão do projeto demonstra desrespeito da Presidência da República e da direção da estatal à população do Ceará, disse ele.
Em seu requerimento, o senador lamentou ainda o que considera ter sido uma "exploração política desta promessa".
O senador destacou que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - ocupante do cargo de 2003 a 2010 - e a ex-ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, que foi eleita presidente em 2010 e reeleita em 2014 , estiveram no Ceará, para a assinatura de protocolos de intenção e assentar a "pedra fundamental" do empreendimento.
O texto do requerimento avaliou ainda que os cearenses podem ter sido "vítimas de uma ardilosa mentira e que na realidade a Petrobras nunca esteve realmente comprometida com aquele projeto".
Dados apresentados pela Petrobras apontam para um prejuízo em torno de R$ 2,7 bilhões à empresa por descontinuar a iniciativa. O governo do Ceará estimou ainda o investimento no projeto, sem calcular os incentivos fiscais, em torno de R$ 657 milhões. "Um empreendimento tão gigantesco exigiria um mínimo de cuidados do ponto de vista contratual, visando garantir a correta aplicação dos recursos, as precauções com o descumprimento de obrigações e compromissos, as formas de ressarcimento por perdas e danos, prejuízos ao erário", afirmou Tasso.

terça-feira, fevereiro 24, 2015

Segundo doleiro, Collor teria recebido R$ 3 milhões em propina

Em depoimento, Alberto Youssef afirmou que o valor teria sido pago por uma subsidiária da Petrobras, a BR Distribuidora

Collor
Collor afirmou anteriormente que não recebeu dinheiro de Youssef, mas admitiu ser amigo de Pedro Paulo Leoni Ramos
FOTO: SHEYLA LEAL/ AGÊNCIA SENADO (14/04/2014)
De acordo com matéria publicada pelo jornalFolha de S. Paulo, o doleiro Alberto Youssef teria afirmado em depoimento dado entre outubro e novembro de 2014 que o senador e ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PTB-AL) recebeu propina no valor de R$ 3 milhões de negócio da BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras. As declarações foram dadas a procuradores que investigam esquema de corrupção na estatal através da Operação Lava Jato.
O negócio, de acordo com Youssef, foi intermediado pelo empresário e consultor do setor de energia Pedro Paulo Leoni Ramos, um emissário de Collor e do PTB. Este, que seria o operador do esquema, intermediou osuborno.
Amigo pessoal do senador desde a juventude, Ramos foi ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo de Collor (1990-1992) e é dono da GPI Participações e Investimentos, empresa de consultoria que fazia negócios com Youssef.
O valor da propina entregue a Collor dizia respeito a 1% de um contrato de RS 300 milhões, equivalente a R$ 3 milhões, assinado em 2012 entre a BR Distribuidora e uma rede de postos de combustíveis em São Paulo. A intenção era que esta rede deixasse uma marca de combustíveis para passar a integrar o grupo de revendedores da BR Distribuidora.
Geralmente, nos contratos regulares, o incentivo é dado pela empresa para que o posto mude de bandeira e possa financiar obras e melhorias na rede.
Ainda segundo o Alberto Youssef, o dinheiro vivo foi arrecadado  nos postos, em três parcelas de R$ 1 milhão para depois ser repassado a Ramos, que seria o responsável por entregá-lo a Collor. Porém, o doleiro não relatou como o dinheiro teria chegado ao ex-presidente, nem apontou outros nomes de envolvidos.
Outro depoimento de Youssef sobre Collor foi concedido neste mês à Procuradoria-Geral da República e em outra declaração afirmou que mandou entregar, em maio de 2013, R$ 50 mil em dinheiro vivo no apartamento de Collor em São Paulo, cuja entrega teria sido feita por Rafael Ângulo Lopes, um dos emissários do doleiro.
assessoria de Fernando Collor afirmou à reportagem que o senador estava em voo e não poderia ser contatado. Porém, ele teria negado anteriormente qualquer relação com o doleiro ou recebimento de propina. Ainda assim, admitiu ser amigo de Pedro Paulo Leoni Ramos

PT indica deputado Luiz Sérgio para relator da CPI da Petrobras na Câmara

O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) foi escolhido hoje (24) pela bancada do partido para relator da comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara que vai investigar irregularidades na Petrobras.

Com a previsão de início dos trabalhos para quinta-feira (26), a CPI da Petrobras será presidida pelo deputado Hugo Motta (PMDB-PB), indicado ontem pelo líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ).

A CPI tem como finalidade investigar a prática de atos ilícitos e irregulares no âmbito da Petrobras, relacionados ao superfaturamento e gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, entre outras denúncias envolvendo a estatal. A comissão foi proposta principalmente por deputados de partidos de oposição para continuar as investigações sobre as denúncias de corrupção na Petrobras de 2005 a 2015.

O PT vai pedir que também seja investigado o período do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, após depoimento do ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, um dos presos pela Operação Lava Jato, segundo o qual o esquema de corrupção e pagamento de propina começou em 1997.

Fonte: Agência Brasil.

Quatro são presos com R$ 15.500 em cédulas falsas e cartões de créditos roubados

A prisão dos suspeitos foi realizada após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF)

PRF
Com os suspeitos a Polícia apreendeu 310 cédulas de 'R$50', cartões de créditos e etiquetas para cédulas com as inscrições do Banco Central
Quatro pessoas são presas após serem flagradas com R$15.500 em dinheiro falsificado e cartões de crédito roubados, na manhã desta terça-feira (24), na BR-116, no município de Cajazeiras.
Durante uma abordagem realizada no quilômetro 70 da Br-116,  a  Polícia Rodoviária Federal (PRF) deu ordem de parada ao condutor do veículo Fox de cor prata. Conforme a Polícia,  durante a revista  foram encontradas 310 cédulas de 'R$50' falsificadas15 cartões de créditos e noveselos com a identificação do Banco Central do Brasil (BCB).
As quatro pessoas foram encaminhas para a Delegacia Municipal de Chorozinho. Os suspeitos da fraude foram identificados como Roberto Ferreira Marquez, Samara de Moura Sousa, Francisco de Assis Gonçalves de Souza e Domingos Alexandre Rodrigues. 
Ao entrar em contato com um dos bancos, a Polícia descobriu que alguns dos cartões de créditos encontrados sob o poder dos acusados haviam sido roubados e estavam bloqueados pelos respectivos clientes. 

segunda-feira, fevereiro 23, 2015

PT pedirá ampliação da abrangência da CPI para incluir período FHC

Pedido original pede investigação na Petrobras desde 2005.

Partido argumenta que ex-gerente confessou ter recebido propina desde 97.

Fernanda CalgaroDo G1, em Brasília
O líder do PT da Câmara dos Deputados, Sibá Machado (AC), anunciou nesta segunda-feira (23) que apresentará um requerimento para ampliar a abrangência da investigação da CPI da Petrobras, a ser instalada na próxima quinta (26), incluindo o período do governo Fernando Henrique Cardoso, do PSDB (1995-2002).
No pedido original aprovado pelos parlamentares, a comissão tem como objetivo se debruçar sobre irregularidades na estatal desde 2005, no pimeiro mandato do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os petistas argumentam que, em seu depoimento de delação premiada, o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco admitiu que o esquema de corrupção na estatal funcionava desde a década de 1990.
O ex-gerente da estatal confessou que começou a receber propina da empresa holandesa SBM em 1997 ou 1998 e que os pagamentos se tornaram sistemáticos no ano 2000, ainda no governo FHC. Em seu depoimento, Barusco acusou o PT de ter recebido entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões em propina oriunda de contratos da estatal – o partido anunciou nesta segunda que moveu duas ações judiciais contra o ex-gerente.“Vamos apresentar o requerimento à Mesa Diretora da Câmara e, conforme for, também durante os trabalhos da CPI”, afirmou Sibá Machado. O partido guarda ainda na manga um pedido de convocação de Barusco.
O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (CE), também defendeu a ampliação do escopo da CPI para que a apuração seja “ampla, geral e irrestrita”. “CPI não é para apurar contra uma pessoa ou outra. É para apurar tudo e nós queremos que se apure tudo desde 1997”, disse Guimarães.
Sobre a resistência da oposição em aprovar o aditamento, Guimarães respondeu em tom irônico: “Ora, mas não se quer apurar tudo? Quer dizer que só apura numa data? Por que não na outra? Então, não é razoável para quem quer apurar ser contra isso”.
Segundo a Secretaria-Geral da Câmara, porém, não é possível, de acordo com o regimento, a direção da Casa autorizar mudanças em um pedido de CPI já aprovado. Para técnicos da Câmara, o mais viável é aprovar o requerimento de ampliação do período de investigação durante os trabalhos da comissão.
VALE ESTE - Arte Lava Jato 7ª fase (Foto: Infográfico elaborado em 15 de novembro de 2014)

Esquema movimenta R$ 640 milhões para financiar corrupção no MT

No centro da investigação, ex-governador, ex-presidente da assembleia legislativa e ex-secretário que gastou R$ 1 bi em obras para a Copa do Mundo.











O Repórter Secreto do Fantástico entrar em ação. Dessa vez, em Cuiabá, capital do Mato Grosso, ele vai investigar um esquema que movimentou pelo menos R$ 640 milhões para financiar todo tipo de corrupção.
No centro da investigação, um ex-governador, um ex-presidente de uma assembleia legislativa e um ex-super-secretário do estado que gastou R$ 1 bilhão em obras para a Copa do Mundo, como o VLT, Veículo Leve sobre Trilhos, mas que até hoje não estão prontas.
“Foi prometido pelo governo do estado para mim R$ 5 milhões para arena e R$ 5 milhões no VLT”, diz Éder Moraes.
Éder está falando sobre corrupção nas obras da Copa do Mundo em Cuiabá. Diante de promotores e acompanhado pelos advogados, ele diz que levaria ao todo uma propina de R$ 10 milhões nas obras da Arena Pantanal e do VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos.
Quem é ele para valer tanto? Éder Moraes foi titular da Secretaria Extraordinária da Copa no Mato Grosso. Ele e mais o ex-presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva, eleito pelo PSD, e o ex-governador Silval Barbosa, do PMDB, estão sendo investigados por um esquema que movimentou pelo menos R$ 640 milhões e, segundo o Ministério Público, financiou muita corrupção.
Por isso, o repórter Eduardo Faustini está em Cuiabá para perguntar: Cadê o dinheiro que tava aqui?
Em maio de 2014, uma operação da Polícia Federal prende Éder Moraes e o então presidente da assembleia, José Riva. Na mesma operação, o então governador, Silval Barbosa, foi detido durante busca no apartamento dele. Tinha uma arma com registro vencido. Mas o foco da investigação era outro: uso de dinheiro público por debaixo do pano.
“Eram diversos esquemas. Todos passavam pelo filtro da lavagem e da tramitação dos recursos pelos bancos clandestinos”, diz o Ronaldo Queiroz, procurador da República do MT. 
Ou seja, segundo a investigação, as maiores autoridades do estado usavam bancos piratas para pagar todo tipo de compromisso suspeito. Bancos sem autorização para funcionar e, portanto, longe da fiscalização do Banco Central.
“Envolvia desde dinheiro para financiamento de campanha, antecipação de recebimento de alguma obra pública, corrupção em geral. Estima-se que mais de meio bilhão de reais circulou nesse mercado financeiro paralelo, ilegal, clandestino”, avalia Queiroz
O repórter Eduardo Faustini localizou um dos banqueiros piratas, um dos financiadores dessa dinheirama ilícita. É um comerciante que resolveu colaborar com a Justiça.
“Quando houve a operação, aí que espontaneamente eu procurei o Ministério Público. Eu tinha cometido alguns erros e queria reparar esses erros, pagar por esses erros”, diz Júnior Mendonça.
Fantástico: Que erros?
Júnior Mendonça: Minha participação se dava com realizações de alguns empréstimos. Eu era procurado pelo Legislativo, pelo senhor Riva; pelo Executivo, pelo senhor Éder, que representava o governo do estado de Mato Grosso.
Fantástico: Quanto o José Riva ficou devendo ao senhor?
Júnior Mendonça: R$ 5,721 milhões.
Segundo Júnior Mendonça, a nota promissória da dívida tem as assinaturas de José Riva e do deputado Mauro Savi, do PR, que era primeiro-secretário da assembleia quando Riva presidia a casa. Riva alega que esse dinheiro era um empréstimo pessoal. Júnior Mendonça diz que não: “Ele me disse que era para atender às necessidades com o sistema, que seriam os deputados”.
“Só das cinco ações penais ajuizadas pelo Ministério Público já tem aí mais de R$ 100 milhões de recursos públicos”, afirma o procurador da República.
José Riva tem, na Justiça, mais de 120 ações cíveis e criminais, que fazem dele o político mais ficha-suja do Brasil.
“O senhor José Riva vem sendo processado já por desvio de recurso público há mais de 13 anos”, destaca o promotor de Justiça Gilberto Gomes.
Em uma cartilha oficial do governo do estado, não há espaço entre as palavras. “Tudo emendado, não há um espaço entre uma palavra e outra. Esse é um manual de redação que foi produzido pela Assembleia Legislativa supostamente. Ao longo de dois anos foram aplicados entre assembleia e estado de Mato Grosso mais de R$ 140 milhões em serviços gráficos, supostamente”, mostra o promotor. 
Por que supostamente? Quem conta é o dono de uma das gráficas. Ele denunciou o esquema ao Ministério Público.
“Esse material nunca era entregue. As gráficas tinham o objetivo de desviar dinheiro público. Junto com o presidente José Riva. Ficavam com 25% desse dinheiro e 75% retornavam para o presidente da Assembleia Legislativa”, detalha.
Várias gráficas entraram no esquema. Nenhum responsável por uma delas quis conversa com o Fantástico. Uma curiosidade: e se os R$ 140 milhões de dinheiro público tivessem de fato sido usados para imprimir as tais cartilhas?
“Dá para você enfileirar carretas e carretas de papel daqui a São Paulo”, conta a testemunha.
Então por que o Ministério Público recebeu publicações como aquela cheia de erros?
“Isso foi produzido às pressas, alguns exemplares para atender à nossa requisição”, diz o promotor. 
“Rodava dois livros, três livros, só para justificar ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público”, diz o dono de uma gráfica.
“Me procuravam, sempre, para extrair da minha, vamos dizer assim, da minha cabeça, as engenharias para se resolver várias situações”, diz Éder Moraes.
Além de ter trabalhado nos preparativos da Copa, Éder foi secretário da Casa Civil e da Fazenda do estado do Mato Grosso. “Eu sempre desenvolvi essas engenharias”, diz Éder. 
Éder deu cinco depoimentos ao Ministério Público. Ele afirma que cumpria ordens do então governador Silval Barbosa para pagar dívidas com Júnior Mendonça, o financiador do esquema.
Éder Moraes: Peguei sacola, né? Peguei mochila com R$ 400 mil, R$ 500 mil. Eu sabia onde estavam as dívidas. Então, ‘ó, isso daí é para resolver lá com o Júnior’.
Promotor: Quem que falava isso que era para resolver com o Júnior?
Éder Moraes: O governador.
Éder insinua que, quando era secretário da Fazenda, o dinheiro ilegal que ele arrumava servia para comprar deputados da Assembleia Legislativa.
Éder Moraes: Havia uma carga de pressão violenta da Assembleia Legislativa sobre o governo, o que também demandava recursos financeiros - para se aprovar uma conta no final de ano, para se tramitar as coisas com velocidade.
Promotor: A pressão era para a secretaria levantar dinheiro e passar para Assembleia.
Éder Moraes: Isso.
Éder afirma que recebeu oferta de propina. Ao todo, R$ 10 milhões por conta das obras da Copa. “Foi prometido pelo governo do estado para mim R$ 5 milhões da arena e R$ 5 milhões no VLT”, conta Éder Moraes.
Mas, no mesmo depoimento, ele diz que a propina acabou não sendo paga.
Pois bem. O VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos, que deveria estar pronto antes da Copa, foi divulgado com fanfarra. Um vídeo mostra o então presidente da assembleia José Riva e o então governador Silval Barbosa passeando de VLT em Portugal.
Em outro vídeo, Silval aparece inaugurando uma estação do VLT em Cuiabá. A única. Faltou construir mais 32 que tinham que ter ficado prontas, com duas linhas e um total de 22 quilômetros para Copa do Mundo.
“Não havia a menor possibilidade de dar viabilidade econômica para um sistema de VLT”, explica Luiz Miguel, professor do Departamento de Engenharia Civil da UFMT.
O projeto inicial para Copa não era de trens e, sim, ônibus. Muito mais barato. Ia sair por mais ou menos R$ 322 milhões. Segundo o Ministério Público, que está investigando a obra, a mudança no projeto foi feita às pressas e de forma criminosa.
O VLT já passou a casa do bilhão de reais, a cidade está com um rasgo aberto para os trilhos passarem, e até agora bulhufas.
Para continuar a obra, são necessários mais R$ 500 milhões. E quanto tempo para finalmente o VLT sair rodando? “Isso é obra que não se faz em menos de quatro anos”, afirma o professor.
Tem mais. Dois viadutos fazem parte do pacote Copa. “O viaduto foi inaugurado e logo em seguida, um mês depois, ele foi interditado por força de identificação de fissuras na estrutura. Não podem entrar dois ônibus, porque eles não cabem dentro na curva. Então, funcionalmente, ele está errado. Foi mal feito, foi mal projetado”, explica o professor.
Para resolver essa pendenga, fica quanto? “No mínimo, 40% mais caro esse viaduto em relação ao preço original dele”, diz o especialista.
O segundo viaduto também tem problemas. “Não resolveram esse ponto baixo, onde nós estamos. Aqui dá um metro de água diante das chuvas mais fortes. Não fizeram a drenagem para coletar toda essa água que acumula aqui”, ele avalia.
Dias depois de ter dado o depoimento, Éder Moraes fez uma retratação ao Ministério Público, para que o primeiro depoimento seja desconsiderado pela investigação. Ele se diz inocente.
E veja o motivo que Éder apresenta para tentar voltar atrás: “Estava extremamente tomado pela emoção de não ter sido atendido em uma escolha para então ocupar uma vaga no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso”.
O Ministério Público não considera que o depoimento tenha sido anulado. E tanto o Ministério Público Federal quanto o Estadual entraram com ação contra o ex-governador Silval Barbosa por conta do VLT.
Em nota, Silval afirma que nunca autorizou Éder Moraes a fazer qualquer transação com Júnior Mendonça. Sobre a acusação de desvio de dinheiro público, ele diz esperar o teor das investigações e, se necessário, prestará esclarecimentos.
Sobre o VLT, Silval afirma que a obra teve acompanhamento integral de todos os órgãos de controle e fiscalização. Ele afirma também que o atraso se deve a fatores como desapropriações judiciais, ações do Ministério Público e a própria complexidade da obra.
Já os advogados do ex-presidente da assembleia José Riva dizem que as acusações de Júnior Mendonça não têm base em provas e que a documentação relativa aos períodos em que ele presidiu a casa vai afastar qualquer possível suspeita de ato ilícito.
Acontece que neste sábado (21) José Riva foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, do Mato Grosso. Com o anúncio desta reportagem ao longo da semana, a Justiça entendeu que o ex-deputado poderia fugir.
Em nota, o deputado Mauro Savi nega qualquer acusação de desvio de recursos públicos e diz que a nota promissória que avalizou para José Riva é somente uma prática comercial lícita.
Enquanto a farra com dinheiro público é investigada, existe em Cuiabá, há 30 anos, um prédio que deveria ser um hospital para a população.
“Aquele que desvia um recurso que deveria ir para saúde, e não vai, a sociedade acaba não vendo a gravidade do seu ato. Quantas pessoas já não perderam a vida e deixaram de ser atendidas por força de carência de recursos?”, destaca o promotor.
E afinal: cadê o dinheiro que tava aqui
?