segunda-feira, abril 20, 2015

GRUPO PÃO DE AÇÚCAR Empresa investigará pagamentos a Palocci

O ex-ministro da Casa Civil (PT) teria recebido cerca de R$ 12 milhões, segundo reportagem de revista semanal
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Antonio Palocci teria recebido pagamento do grupo Pão de Açúcar para ajudar na fusão da empresa com as Casas Bahia
FOTO: FOLHAPRESS
São Paulo. A Companhia Brasileira de Distribuição, dona da marca Pão de Açúcar, informou domingo que solicitará ao comitê de auditoria interno do grupo empresarial a abertura de investigação sobre suposto pagamento realizado ao escritório de advocacia do ex-ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), morto no ano passado.
Alvo da Operação Lava-Jato, o ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil) teria recebido em 2010, ao menos, R$ 12 milhões de 30 empresas quando coordenou a primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT).
Segundo reportagem da revista "Época", um dos pagamentos foi realizado pelo grupo Pão de Açúcar, que teria repassado R$ 5,5 milhões ao petista, sendo o primeiro, de R$ 1 milhão, feito ao escritório de Márcio Bastos.
"O conselho de administração reuniu-se e deliberou por unanimidade solicitar ao comitê de auditoria que dê início a uma investigação sobre a suposta existência e a origem dos pagamentos realizados", informou.
Em nota, o grupo GPA informou que, até este fim de semana, não havia informação sobre a existência dos pagamentos, que teriam sido efetuados antes da aquisição do Pão de Açúcar pelo grupo Casino, em 2012.
Segundo a reportagem, Palocci atuaria para ajudar na fusão da empresa com as Casas Bahia. No entanto, a consultoria Estáter, contratada pelo Pão de Açúcar para atuar no caso, informou que Palocci não teve participação no negócio.
"Sobre serviços prestados ao Grupo GPA juntamente com o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos, a empresa Projeto esclarece que pouco haveria a se considerar sobre o assunto, eis que todos os esclarecimentos a ele relativos foram prestados ao Ministério Público Federal em 2011, tendo aquele Órgão promovido o arquivamento das investigações então em curso relativos a este contrato", disse a assessoria de Palocci.

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