segunda-feira, abril 27, 2015

'Ninguém tem de pensar igualzinho', diz Dilma, questionada sobre PMDB

Ela disse que no Brasil há mania de se procurar 'conflito extraordinário'.

Presidente foi a Santa Catarina para visitar áreas atingidas por tornado.

Do G1, em Brasília e do G1 SC

  •  
Dilma em Santa Catarina (Foto: Laion Espíndula/G1)O prefeito de Xanxerê (SC), Ademir Gasparini, a presidente Dilma, e o governador de SC, Raimundo Colombo, visitaram áreas atingidas por tornado em Santa Catarina (Foto: Laion Espíndula/G1)
A presidente Dilma Rousseff afirmou que ninguém tem de pensar "igualzinho" aos demais e disse que há mania de procurar "conflito extraordinário", depois de ser questionada sobre a relação do governo federal com o PMDB. A presidente fez uma visita a Santa Catarina nesta segunda-feira (27) para visitar áreas atingidas por um tornado.
Dilma deu a declaração em entrevista após visita a áreas atingidas por tornado em SC. Na ocasião, ela foi questionada sobre se o governo estaria “refém” do PMDB ou do Congresso Nacional. Dilma tem sido alvo de críticas dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"Eu acho que tem uma mania no Brasil, que é de procurar conflito extraordinário onde não tem conflito extraordinário. Se você vive em uma democracia, você parte do pressuposto que há diferença entre, principalmente num país continental, há diferenças de posição", afirmou. "Eu não tenho, nem ninguém tem de pensar igualzinho uns aos outros", disse a presidente. Ela acrescentou que há diferenças entre o que pensam os partidos.
Dilma afirmou que "o que importa" é que o PMDB integra a base de seu governo e lembrou que o vice-presidente, Michel temer, faz parte do partido.
Críticas"Nesse sentido, o governo tem uma unidade. Essa unidade tem como base a realidade da situação política do país, que é uma diversidade de partidos, e, dentro dos partidos, uma diversidade de posições. Num partido, você não tem uma homogeneidade. Os partidos são heterongêneos. É normal que haja esses conflitos", afirmou.
Dilma vem enfrentando dificuldades com o PMDB desde o início do segundo mandato. Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), têm dificultado a tramitação de projetos considerados importantes pelo governo federal e têm feito críticas à petista.
Na quarta-feira (22), o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que Dilma Rousseff  "fez o que havia de pior" ao não vetar o repasse da União para o Fundo Partidário.
A presidente sancionou o Orçamento 2015 com a emenda ao texto adicionada pelo Congresso Nacional que estipula R$ 867,5 milhões para o Fundo Partidário. Inicialmente, o projeto do Orçamento enviado pelo Executivo estabelecia que seriam repassados aos partidos políticos R$ 289 milhões.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, criticou, em março, a gestão da presidente e disse que ela não soube perceber que não obteve “hegemonia” na disputa pela reeleição.
Cunha disse que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, teve mais “habilidade” que a petista no enfrentamento de crises após a reeleição. Ele também classificou como um “desastre” a resposta do governo às manifestações que tomaram as ruas do país em 15 de março.

0 comentários:

Postar um comentário