terça-feira, maio 26, 2015

Governo não quer deixar MP caducar

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Michel Temer disse que o Senado Federal vai "compreender" a importância das medidas provisórias e irá aprová-las
FOTO: ANTÔNIO CRUZ/ AGÊNCIA BRASIL
Brasília. Responsável pela articulação política do Palácio do Planalto, o vice-presidente Michel Temer negou, ontem, que o governo queira deixar caducar a Medida Provisória 664, que altera as regras de benefícios previdenciários.
As áreas política e econômica do governo federal entraram em divergência em relação ao destino da MP 664, que tornou mais difícil o pagamento de pensões por morte e auxílio-doença - o governo pretendia obter uma receita de R$ 2 bilhões, mas as exigências acabaram afrouxadas pelos deputados.
Para piorar o cenário, a Câmara incluiu na MP uma emenda que flexibilizou o fator previdenciário, algo que deve gerar um gasto de R$ 40 bilhões na próxima década. Diante de um custo-benefício pouco favorável, a MP 664 deixou de ser prioridade.
"Não é o que o governo pensa (deixar caducar a MP 664), o governo quer levar até o final (o ajuste fiscal). Inclusive a 664", assegurou Temer.
Questionado sobre se a perda de validade da MP 664 seria uma forma de eliminar o desgaste da presidente Dilma Rousseff com o eventual veto à flexibilização do fator previdenciário, o vice-presidente respondeu que a "presidente tem suficiente estatura para dizer se vai vetar ou não, embora esse tema não esteja na pauta".
Apesar das dissidências dentro da base governista contrárias às MPs, Temer disse que o Senado Federal vai "compreender" a importância das medidas provisórias e vai aprová-las. "Está muito unificado o governo em torno da ideia pra não deixar dúvida de que o ajuste vai até o final".
O líder do PT no Senado, senador Humberto Costa (PE), disse que as dissidências na bancada petista são insignificantes. "O PT vai votar, na sua maioria esmagadora, pelas duas medidas provisórias", garantiu Costa.

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