sábado, maio 09, 2015

Preferência será para partidos 'fiéis'

Alvo de críticas, o ministro Manoel Dias afirmou que a bancada do PDT votou contra MP porque tem autonomia

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Mercadante disse que ocorreu uma "frustração" muito grande em relação a aliados como o PDT e que o governo vai "avaliar o que houve"
FOTO: AGÊNCIA BRASIL
Brasília. No dia seguinte à conclusão da primeira etapa da votação do ajuste fiscal, com a aprovação da MP 665 na Câmara, que restringiu o acesso a seguro desemprego e abono salarial, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, agradeceu a conduta dos aliados e avisou que eles "serão interlocutores prioritários na construção do segundo escalão". Segundo o ministro, "é evidente que as votações são parâmetros fundamentais para fazer escolhas" e "quem vota com o governo, especialmente nas votações relevantes, terá preferência".
"Como disse o vice-presidente Michel Temer, é evidente que quem ajuda o governo, quem vota com o governo, quem sustenta o governo, governa com o governo e tem prioridade nas indicações", emendou. Mercadante prometeu "acelerar" as nomeações para o segundo escalão, que disse que serão feitas principalmente nos Estados, mas lembrou que elas não saem "de uma semana para outra" porque dependem de várias pesquisas e análises técnicas.
Informou, no entanto, que "onde houve acordo na base" as nomeações já estão em andamento e já têm sido feitas, à medida que são aprovadas, mas sem data definida. Ele citou que já estão "bem avançadas" as escolhas em Sergipe, Piauí, Santa Catarina e Goiás.
Em relação a aliados como o PDT, partido que fechou questão na votação contra o governo, Mercadante disse que houve uma "frustração" muito grande em relação a isso na base e avisou que o governo vai "avaliar o que houve para saber medidas necessárias, entender o que aconteceu e superar este tipo de situação". Questionado se o ministro do Trabalho, Manoel Dias, poderá deixar o governo, respondeu: "quem discute e define troca de ministro é só a presidente da República".
Autonomia
Alvo de líderes da base governista, Dias afirmou que deputados do PDT votaram contra a proposta do governo para ajuste fiscal porque a sigla tem "autonomia". Ele afirmou não haver "constrangimento" em continuar no cargo. "Quando acertamos de ingressar no governo Lula, o partido colocou essas questões, de que iríamos participar de um governo plural e que o PDT tem as suas cláusulas pétreas, e que ele não ia renunciá-las", declarou.

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