quinta-feira, novembro 12, 2015

'Não recebi convite e não comento especulações', diz Meirelles sobre mudança na Fazenda

O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante o 10º Encontro Nacional da Indústria
O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante o 10º Encontro Nacional da Indústria, em Brasília(VEJA.com/Folhapress)
O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles disse nesta quarta-feira que não recebeu convite concreto para assumir o Ministério da Fazenda e que sempre teve uma relação cordial com a presidente Dilma Rousseff. "Não há convite concreto e eu não comento especulações, não comento nenhum tipo de boato", afirmou Meirelles a jornalistas ao ser questionado se iria assumir a Fazenda.
Os rumores de que o ministro da Fazenda Joaquim Levy será substituído por Meirelles voltaram a ganhar corpo nos últimos dias. Nesta quarta, esse rumor dominou a atenção dos investidores no mercado de câmbio e determinou os rumos da cotação do dólar, que está em queda desde o início do dia.
Mais cedo, no Encontro Nacional da Indústria, em Brasília, o ex-presidente do BC disse que é preciso reconhecer a gravidade do atual cenário econômico brasileiro, mas ressaltou que o país está muito mais forte do que nas décadas passadas. Meirelles afirmou que é preciso olhar o Brasil não só no curto prazo, mas de uma forma a permitir crescimento sustentável. A fala do ex-presidente do BC foi acompnhada pelo atual chefe da pasta, Joaquim Levy, que estava na primeira fila da plateia.
"São números que apontam para um cenário recessivo que não há dúvida que temos de reconhecer a gravidade", avaliou Meirelles, sobre o momento econômico. De acordo com ele, a situação atual deve ser enfrentada de forma vigorosa e com ajuste fiscal, mas é preciso visão de longo prazo.
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O ex-presidente do BC ressaltou que a desvalorização cambial, apesar de problemas causados, como para empresas endividadas, tem um lado positivo para a produção e exportação do País. "É evidente que o câmbio não resolve o problema de longo prazo, mas é importante que ele dê um fôlego, uma base para as empresas", afirmou.

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