sexta-feira, janeiro 15, 2016

Novamente, ato contra a tarifa termina em vandalismo e bombas



Parecia que terminariam de maneira pacífica os dois protestos convocados nesta quinta-feira pelo Movimento Passe Livre contra o aumento da tarifa do transporte em São Paulo. Só parecia. Quando o ato que começou em frente ao Teatro Municipal e chegou à Avenida Paulista se encerrava, um grupo depredou a estação Consolação do metrô. Os vidros do local foram quebrados e manifestantes tentaram pular as catracas. Houve conflito com os seguranças e, depois, com a Polícia Militar, que atirou bombas de efeito moral para dispersar os vândalos. Ao menos oito pessoas foram detidas. Na Zona Oeste, o protesto que começou no Largo da Batata seguiu pacificamente até a estação Butantã. Novamente, um grupo tentou pular as catracas e houve tumulto.
A confusão na Consolação teve início quando um grupo deixou o ato para pegar o metrô. Houve uma tentativa de 'catracaço', quando manifestantes decidem pular as catracas para não pagar a passagem. Os seguranças da estação fizeram um cordão de isolamento, impedindo a ação. Foi então que vândalos soltaram dois morteiros, quebraram uma máquina que vende refrigerantes e uma televisão. Um manifestante foi detido pelos seguranças do metrô. Os demais, pela PM.
O MPL se negou a participar pela manhã de uma reunião com o governo do Estado e a prefeitura mediada pelo Ministério Público, em que o trajeto dos protestos seria definido. Mais tarde, divulgou a rota pelas redes sociais. O objetivo da negociação entre manifestantes e poder público é garantir a circulação de carros e pessoas na capital paulista. Da mesma maneira que abusos da Polícia Militar têm de ser coibidos para garantir o direito à manifestação, as autoridades têm de zelar pelo direito de ir e vir dos demais cidadãos.
A passeata anterior contra o aumento da tarifa do transporte público de 3,50 para 3,80 reais resultou em confronto antes de começar por causa da discordância entre integrantes do Passe Livre e a Polícia Militar em relação ao trajeto a ser percorrido. Os manifestantes queriam caminhar da Avenida Rebouças ao Largo da Batata, na Zona Oeste, enquanto a PM exigia que o trajeto fosse feito da Rua da Consolação à Praça da República, no centro da capital. A polícia impediu que os manifestantes seguissem pelo itinerário proposto pelo MPL com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral.

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