TESTEMUNHO Estavam lá Na linha de frente Amontoados e acesos Tições de olhos brasis Faces tisnadas Vozes em canções e brados A disfarçarem as próprias pequenezes ou demências... Esperavam tiranias como nas histórias de não-ninar das avós acalantos de bocas de noite predizendo sangrentas alvoradas, Eldorados de horrores, sem prévio aviso Armados de paus, enxadas, unhas, dentes... como não soubesse que o medonho da bala trespassa toda carne Se em verbo diziam guerra as pequenas mãos trêmulas diziam o medo do mando voraz do capanga de farda Não, não os vi como bárbaros Eram só meninos e velhos portando paus, como peões e carrapetas tentando brincar o jogo de fazer histórias de libertar... e voltei para casa para expiar minhas culpas Elias de França, Crateús 23 de maior de 2012 – Sobre ameaça de operação de despejo de acampados sem-teto |
sexta-feira, maio 25, 2012
Sem Teto
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário