quinta-feira, maio 21, 2015

CPI recua sobre pedido de exumação

Stael Fernanda, viúva do progressista, classificou a história de "fantasiosa" e "absurda"

Image-0-Artigo-1857516-1
Peça central na Lava-Jato, Janene seria um dos mentores do esquema de corrupção na Petrobras
FOTO: ABR
Brasília. Após as polêmicas provocadas pelo anúncio de que iria pedir a exumação do corpo do ex-deputado José Janene (PP), morto em 2010, o presidente da CPI da Petrobras, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), recuou e afirmou querer ouvir primeiramente a viúva de Janene, Stael Fernanda Janene.
Motta fez a proposta à CPI no início da tarde de ontem por, segundo ele, ter recebido informações de interlocutores da viúva de Janene de que não haveria certeza sobre sua morte. Stael Fernanda classificou a história de "fantasiosa" e "absurda".
"Em momento algum procurei ou fui procurada por qualquer deputado dizendo o que colocaram em minha boca, principalmente no que tange a respeito de minha suposta desconfiança sobre a morte do pai de meus filhos", acrescentou em nota.
O presidente da CPI também foi criticado por outros integrantes da comissão pela proposta. O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) chegou a comparar a hipótese de Janene estar vivo com um "roteiro de novela".
Sob protestos, Hugo Motta recuou e afirmou que a comissão iria convocar a viúva antes.
Mais cedo, ele havia afirmado: "Ninguém viu Janene morto". Peça central no escândalo da Lava-Jato, Janene é apontado como um dos mentores do esquema de corrupção na Petrobras.
Depoimento
O ex-diretor-presidente da Camargo Corrêa S.A., Dalton Avancini, disse ontem, à CPI que o pagamento de propina era contabilizado no balanço da empreiteira como "custo da obra"

0 comentários:

Postar um comentário